Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Correia, Maria Helena [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70723
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Resumo: |
O manganês (Mn) é um elemento presente naturalmente no ambiente, podendo ser encontrado no ar, água, solo e alimentos. Exposição a concentrações elevadas de Mn pode ocorrer por meio de fungicidas agrícolas, emissões atmosféricas industriais, sistemas de drenagem e vazamentos, resultando em problemas pulmonares, renais e neurológicos. Estudos sobre os efeitos de altas doses de Mn na saúde reprodutiva de animais, especialmente durante a gestação e lactação maternas, são escassos. Assim, este estudo avaliou o efeito da exposição intrauterina e lactacional a altas doses de Mn sobre os parâmetros reprodutivos da prole feminina de ratas. Ratas Wistar prenhes foram distribuídas aleatoriamente em 3 grupos (n=10/grupo): grupo Mn 9mg (exposto a 9 mg de MnCl2/Kg/dia por gavage) do dia gestacional 13 (DG 13) ao dia lactacional 15 (DL 15); grupo Mn 90 mg (exposto a 90 mg de MnCl2/Kg/dia no mesmo período e mesma via); e grupo controle (CTRL, que recebeu apenas água destilada no mesmo período e mesma via). A prole feminina foi avaliada, quanto à morfologia ovariana, uterina, instalação da puberdade, ciclo estral e presença de mal formações em três estágios da vida pós-natal (n=10/grupo/idade): período prépúbere (dia pós-natal 21 - DPN 21); período puberal (DPN 25 a 35) e na fase adulta (DPN 60). A análise comparativa entre os grupos foi realizada usando o Modelo Linear Generalizado (GzLM). No DPN 21, não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao número de folículos primordiais, primários e pré-antrais. No útero, foi observado aumento da altura do epitélio luminal e da espessura do endométrio no grupo Mn 9 mg e diminuição da espessura do miométrio no grupo Mn 90 mg. No DPN 25-35 não houve diferença significativa entre os grupos na idade de instalação da puberdade, mas aumento no número de folículos primordiais no grupo Mn 9 mg, folículos préantrais no grupo Mn 90 mg, e aumento de folículos atrésicos e corpos lúteos em ambos os grupos. No útero houve diminuição da espessura do miométrio no grupo Mn 9 mg, com aumento na altura do epitélio e redução da quantidade de glândulas no grupo Mn 90 mg. No DPN 60, no útero, redução da espessura do endométrio e quantidade de glandulas, além de diminuição na altura do epitélio luminal. No grupo Mn 90 mg, houve aumento na espessura do endométrio, na quantidade de glândulas e na espessura do miométrio. O ciclo estral nesse grupo apresentou aumento na frequência de estros e redução de diestros, resultando em mais ciclos e de menor duração. Em conclusão, nossos achados sugerem que a exposição materna a altos níveis de Mn durante a gestação e lactação prejudica o processo de seleção e resposta folicular da prole, que pode ser observado desde a puberdade até a idade adulta, com impacto sobre a fisiologia uterina e a regularidade do ciclo estral, sem afetar o momento do início da puberdade. |