Doença de Willis-Ekbom ou Síndrome das Pernas Inquietas?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carlos, Karla [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2368972
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48913
Resumo: Contexto. A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) ou Doença de Willis-Ekbom (DWE) é bastante prevalente e ainda pouco conhecida entre pacientes e profissionais da saúde, havendo controvérsias quanto a melhor forma de se designar essa entidade nosológica. Objetivo. Verificar se a prevalência de autodiagnostico de SPI e DWE em uma população de médicos recém-formados varia em função das diferentes expressões (“Síndrome das Pernas Inquietas” ou “Doença de Willis-Ekbom”) utilizadas para nos referirmos a esta entidade nosológica. Método. Médicos recém-formados analisaram sua própria condição clínica quanto ao diagnóstico de SPI/WED, sendo que aleatoriamente a um grupo foi solicitado que se avaliassem segundo o nome “Síndrome das Pernas Inquietas” e outro grupo segundo o nome “Doença de Willis-Ekbom”. No formulário distribuído a um grupo de participantes perguntávamos: “você tem SPI?” e ao outro perguntávamos: “você tem DWE?”. No formulário distribuído aos participantes ainda constavam os 4 critérios para diagnóstico de SPI propostos pela IRLSSG e instruções para que se avaliassem segundo aqueles critérios. Resultados. Mil quatrocentos e treze médicos recém formados participaram do estudo. Dentre os setecentos e oito médicos que receberam o formulário com a denominação SPI, 87 (12,28%) autodiagnosticaram-se com esta entidade nosológica. Setecentos e cinco médicos receberam o formulário com a denominação DWE e 13 (1,84%) autodiagnosticaram-se como tendo esta entidade (p˂ 0.0001). Conclusão. Um maior número de médicos expostos à expressão “síndrome das pernas inquietas” concluíram apresentar essa condição clínica quando comparados aos médicos expostos à expressão “doença de Willis-Ekbom”, sugerindo que a expressão “síndrome das pernas inquietas” pode não ser de fato a mais apropriada para representar a entidade nosológica a que se refere.