Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ferrarini, Marcio [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63847
|
Resumo: |
O ácido p-cumárico é um produto do metabolismo vegetal, presente em várias espécies e tem demonstrado capacidade de inibição da enzima envolvida na melanogênese, a tirosinase. No entanto, as características dessa substância não permitem seu uso comercial, pela sua baixa capacidade de penetração na pele e pelos seus efeitos adversos. O presente trabalho buscou sintetizar uma série de compostos derivados do ácido cumárico, com potencial de inibir a enzima tirosinase sem os efeitos adversos e com capacidade de penetração apropriada o que permitiria seu uso no tratamento de hipercromias cutâneas. Utilizando-se rotas de esterificação clássica, foram sintetizadas 4 séries de ésteres, planejadas a partir do ácido p-cumárico, divididos de acordo com a substituição no anel aromático com grupos 4-hidroxi, 4-metoxi e 3,4-diidroxi, que foram caracterizados adequadamente e obtidos com a pureza requerida para ensaios de atividade. Esses compostos foram avaliados quanto à atividade inibidora da tirosinase de Agaricus bisporus, atividade antioxidante e inibição da melanogênese em modelos ex vivo e em fungos da espécie Criptococcus neoformans. Entre os compostos sintetizados, os derivados do ácido p-cumárico foram os mais promissores como inibidores da tirosinase, com atividades superiores às do próprio ácido, com valores de pIC50 entre 4,16 e 3,30. Além disso, nenhum desses compostos apresentou atividade antioxidante apreciável, o que permitiu deduzir que qualquer inibição da enzima não se daria por um mecanismo antioxidante intrínseco. Pode-se perceber que a potência dos compostos foi diretamente relacionada ao tamanho da cadeia carbônica do éster. Os candidatos mais promissores desta etapa foram submetidos ao ensaio ex vivo, tendo, os cumaratos de etila e isopropila demonstrado capacidade de inibir a melanogênese em fragmentos de pele humana. Finalmente, esses compostos também mostraram-se capazes de inibir a melanogênese de C. neoformans, o que sugeriu seu potencial como agente adjuvante para ação antifúngica, uma vez que a melanina é uma substância relacionada à resistência fúngica contra o estresse oxidativo. Em conclusão, esses compostos são considerados promissores para uma série de aplicações, no entanto, uma vez que os estudos de tape stripping em voluntários, para determinar a penetração do cumarato de etila no estrato córneo, não forneceram dados que pudessem confirmar a hipótese de melhora na distribuição pela epiderme, estudos mais aprofundados ainda deverão ser realizados. |