Contribuições do farmacêutico para o trabalho interdisciplinar com pessoas com diagnóstico de transtorno de pânico: desafios do cuidado em saúde mental em rede

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Rafaela [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7488915
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52376
Resumo: Introdução: com a reforma psiquiátrica e a implantação de uma rede de atenção psicossocial (RAPS) articularam-se pontos de atenção à saúde no território para pessoas com sofrimento ou transtornos mentais, com objetivo principal de promover aumento de autonomia e cidadania. Entretanto, há ainda, diversas dificuldades na gestão e efetivação dessa rede, como a grande demanda da AB nos CAPS, o que gera consequentemente um cuidado fragmentado focado na prescrição medicamentosa. A equipe interdisciplinar tem importante papel no cuidado com pessoas com sofrimento por transtorno de pânico, entre os profissionais destaca-se o farmacêutico na orientação da utilização de psicofármacos. Objetivos: investigar a percepção de pessoas com transtorno de pânico (TP) quanto seu tratamento em saúde, bem como sua compreensão sobre o cuidado prestado pela equipe interdisciplinar do CAPS. Método: trata-se de um estudo qualitativo, transversal e retrospectivo, realizado de agosto de 2016 a fevereiro de 2018, com oito usuários adultos diagnosticados com TP de um CAPS do município de Santos - SP. Foram realizadas entrevistas em profundidade, semidirigidas com um roteiro temático. Os discursos foram categorizados por meio da Análise de Conteúdo temática segundo Bardin (2011). Resultados e discussão: identificou-se que as pessoas diagnosticadas com TP são muitas vezes encaminhadas para o CAPS sem ao menos uma tentativa de tratamento, e essa demanda não prioritária encontra no equipamento o tratamento baseado apenas em medicamentos. Os entrevistados afirmaram não ter conhecimento sobre diversos aspectos do seu tratamento, apenas uma pessoa fazia outro tipo de acompanhamento interdisciplinar no CAPS, os demais somente médico. Para os entrevistados o profissional farmacêutico é somente um dispensador de medicamentos. Considerações finais: efetivar os espaços da RAPS para oferecer um cuidado singular ainda é um desafio. Cabe também ao profissional farmacêutico viabilizar esse processo na AB através do apoio matricial, que poderá ser efetivado como produto técnico da dissertação por meio da estratégia GAM em uma UBS do território, que além de fomentar o cuidado compartilhado, institui espaços de educação permanente e efetiva esse profissional como educador em saúde tanto para profissionais da AB quanto para a comunidade.