Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Favero Filho, Luiz Antonio [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20603
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Resumo: |
A hipertermia vem se mostrando um fator de grande importância clínica quando relacionado ao acidente vascular encefálico (AVE), visto que os estudos clínicos apontam para uma piora da evolução clínica e maior mortalidade de pacientes vitimados pelo AVC sob condições de hipertermia. Devido à relevância clínica dessa questão, o presente estudo investigou os efeitos agudos e crônicos da hipertermia ambiental iniciada precoce ou tardiamente. Ratos Wistar machos foram submetidos à 60 minutos de oclusão da artéria cerebral média. Na primeira fase do estudo, os animais foram submetidos à 6 horas de hipertermia ou normotermia iniciada imediatamente após a reperfusão, seguidos de sobrevida de 7 dias e 2 meses. Na segunda fase, os animais foram submetidos à hipertermia de 2 horas iniciada 2 horas, 6 horas ou 24 horas após a reperfusão, com sobrevidas de 7 dias e 2 meses. Na terceira fase de experimentos, os animais foram submetidos à hipertermia de 2 horas iniciada imediatamente após a reperfusão, ou hipertermia de 6 horas iniciada 2 horas, 6 horas ou 24 horas após a reperfusão. Nesta fase as sobrevidas programadas foram de 7 dias, 2 meses e 6 meses. Os efeitos da hipertermia pós-isquêmica foram avaliados segundo parâmetros histopatológicos. A extensão da lesão foi efetuada através da quantificação da porcentagem de tecido cortical e subcortical remanescente no hemisfério infartado ao nível de -0,30 mm em relação ao Bregma. A porcentagem de tecido remanescente (não infartado) foi calculada através de regra de três simples considerando-se a média das áreas cortical e subcortical do hemisfério contralateral (não infartado) como equivalente a 100 por cento. Os resultados histopatológicos observados demonstram que a hipertermia de 6 horas, quando iniciada 24 horas após a reperfusão promove uma diminuição significativa na área de tecido remanescente cortical nos animais com sobrevida de 6 meses (63,26 ± 11,97 por cento), quando comparados ao animais com sobrevida de 2 meses (94,97 ± 5,02 por cento). Esses dados obtidos sob tais condições experimentais corroboram com a hipótese de que a hipertermia pode desempenhar um papel importante na perpetuação do estresse oxidativo que ocorre após a recirculação, podendo levar à instalação de um processo neurodegenerativo crônico auto-sustentado. |