Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Bruna Clara Santos de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67426
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Resumo: |
O Princípio B da Teoria da Ligação (CHOMSKY, 1981) trata do modo de organização dos pronomes e explica que esses elementos devem ser livres em seu domínio de ligação (DL), isso significa que os pronomes não precisam de antecedentes. Quando os possuem, não podem ccomandar tais formas pronominais dentro de seu DL, mas, fora deste domínio, o antecedente poderá ccomandálos. Entretanto, alguns pronomes possessivos do PB1 em contextos anafóricos parecem estar ligados em seu domínio de ligação, como nas sentenças: (1) [Pedroi considera seui óculos] o mais bonito; (2) Felipe acha [Gabrielai orgulhosa delai]. O interesse deste estudo é investigar como se dá a atuação do Princípio B da Teoria da Ligação em contextos anafóricos em que os pronomes possessivos seu(s), sua(s), dele(s) e dela(s) aparecem. Para descrever as características desses elementos utilizamos um Corpus de entrevistas do projeto SP2010. Além disso, através de um teste elaborado no Microsoft Forms, plataforma online desenvolvida para criar questionários de testes e pesquisas, formulamos 48 sentenças contendo uma questão de múltipla escolha cada uma, para verificar a interpretação dos participantes. A partir de um recorte dos dados extraídos do teste e das sentenças coletadas no Corpus conduzimos a análise com base no modelo de Morfologia Distribuída (MD) (HALLE; MARANTZ, 1993 e MARANTZ, 1997) que propõe que qualquer processo de formação de palavras ou de constituintes maiores (sintagmas e sentenças) ocorre no Sistema Computacional. Nossa hipótese é a de que os pronomes seu(s), sua(s), dele(s) e dela(s) são expressões não especificadas para ligação; porém, os pronomes seu(s) e sua(s) parecem ser mais subespecificados já que aparentam possuir mais traços de anáforas, enquanto dele(s) dela(s) mais traços de pronomes. A utilização da MD em nossa análise se justifica, para realizar uma análise mais elegante sobre o porquê de os pronomes possessivos seu(s), sua(s), dele(s) e dela(s) serem interpretados ora como anáforas, ora como pronomes. Sobretudo, a partir desse modelo teórico discutimos a categoria desses elementos e compreendemos que tais formas possessivas do PB fazem parte de uma categoria especial de pronome. A partir dos resultados e por meio do modelo teórico da MD, confirmamos a nossa hipótese, constatamos que os pronomes possessivos seu(s), sua(s), dele(s) e dela(s) são subespecificado para ligação, porém, as formas seu(s) e sua(s) parecem ser mais subespecificadas do que as formas dele(s) e dela(s), pois além de possuírem diversos tipos de antecedentes: 3ª pessoa, 2ª pessoa, 2G e 3G, nos dados do Corpus SP2010, tais elementos foram encontrados em maior parte retomando antecedentes dentro do domínio de ligação. Desse modo, seu(s)/sua(s) possuem mais traços de anáforas enquanto dele(s) e dela(s) possuem mais traços de pronomes. |