Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Faria, Flávia Carvalho
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Orientador(a): |
Lobo Name, Maria Cristina
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Banca de defesa: |
Teixeira, Luciana
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Cunha Lacerda, Patrícia Fabiane Amaral da
,
Rodrigues, Erica dos Santos
,
Scher, Ana Paula
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1682
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Resumo: |
A tese investiga os aspectos do pronome possessivo relevantes para sua aquisição no português brasileiro (PB) e se desenvolve dentro de uma perspectiva psicolinguística da aqui-sição da língua materna. Assume-se, de acordo com o Programa Minimalista (Chomsky, 1995 e obras posteriores) uma gramática universal (GU) inata correspondente ao estado inicial da aquisição da linguagem e a concepção de uma língua I (interna) composta por um sistema computacional e um léxico. Assume-se, também, modelos de processamento que explique como a criança adquire esse léxico: o Bootstrapping Fonológico (Morgan & Demuth, 1996; Christophe et al., 1997), que considera que, antes de adquirir um léxico, a criança faz uso de habilidades perceptuais para segmentar informações do input em unidades linguísticas, e o Bootstrapping Sintático (Gleitman, 1990; 1994), segundo o qual a criança usa dados da estru-tura sintática para deduzir o significado das palavras. Dessa forma, pode-se dizer que a crian-ça em processo de aquisição do PB identifica o possessivo através de uma análise perceptual do fluxo da fala e, uma vez disponível no léxico, o sistema computacional opera sobre seus traços formais, relacionando-o numa estrutura hierárquica correspondente a uma expressão linguística. Tais itens são identificados na interface fônica através de um tratamento estatístico da fala recebida no input e seus traços semânticos/formais são adquiridos via processamento na interface semântica. O possessivo, apesar de se tratar de um elemento de comportamento complexo, surge relativamente cedo na produção inicial da criança, se comparado a outros itens determinantes. Em PB, tal elemento apresenta variação semântica de acordo com as pos-sibilidades de posicionamento na sentença, o que motivou uma proposta de divisão categorial dos pronomes possessivos em dois tipos: pronomes possessivos antepostos ao nome são de-terminantes e, portanto, considerados itens funcionais, enquanto os pospostos são adjetivos e, nesta tese, considerados itens semifuncionais. A fim de verificar a importância, para a aquisi-ção do pronome possessivo, de aspectos (i) fonológicos, como sua forma fônica, (ii) semânti-cos, como a relevância do traço de posse e (iii) sintáticos, como posicionamento na sentença, foram realizados três experimentos cujos resultados sugerem que a criança aos 11 meses de idade é sensível à forma fônica do pronome possessivo e, aos 3 anos e meio, é sensível ao seu traço de posse, assim como ao posicionamento destequando anteposto em SN adjetivado. |