Tuberculose diagnosticada após o transplante renal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Viana, Laila Almeida [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5761972
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50616
Resumo: Introdução: A infecção por tuberculose (TB) aumenta a morbidade após o transplante e apresenta desafios diagnósticos e terapêuticos. A prevalência é maior que a população geral, especialmente em áreas onde a TB é endêmica. Há pouca informação a respeito da possibilidade de apresentação tardia e a associação com drogas imunossupressoras. Objetivo: Este estudo teve como objetivo detalhar a incidência cumulativa de tuberculose após transplante renal estratificado por regimes imunossupressores, o tempo da apresentação e os principais desfechos. Métodos: estudo de coorte retrospectivo, incluindo todos os transplantes de rim realizados entre 1º de janeiro de 1998 e 31 de agosto de 2014. Todas as informações disponíveis no presente estudo foram obtidas através da busca sistematizada em registros médicos fornecidos pelo Sistema de Arquivo Médico (SAME) do Hospital do Rim e do banco de dados eletrônicos contendo informações sobre os pacientes da Fundação Oswaldo Ramos (FOR). A data de acompanhamento final foi 31 de agosto de 2015, ou a data da morte do destinatário, perda de enxerto ou perda de seguimento. Resultados: De 1998 a 31 de agosto de 2014, realizaram-se 11453 transplantes de rim. Havia 152 casos de tuberculose. A incidência cumulativa global foi de 1,32% e a densidade da incidência foi de 235 casos/pessoa-ano. A principal forma de apresentação foi a doença pulmonar tardia (tempo médio de transplante renal para TB de 18,8 meses). A densidade de incidência foi de 2233 casos / pessoa-ano em pacientes tratados com regimes contendo belatacept (p <0,001). O óbito ocorreu em 37 (24%) pacientes, com uma mortalidade atribuída de 19%. Cento e quinze (75,6%) pacientes curaram, 50% deles com enxerto funcional e 39 (25,6%) apresentaram perda de enxerto. Conclusões: a tuberculose ocorreu tardiamente após o transplante, dificultando estratégias de quimioprofilaxia. A associação aparente entre alguns regimes imunossupressores, como aqueles que contêm belatacept, merece investigações adicionais.