Quantificação do RNA mensageiro de tiroglobulina, do receptor do hormônio tiroestimulante e de calcitonina obtidos do sangue periférico de uma população com função tiroidiana normal
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=774696 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23200 |
Resumo: | O câncer de tiroide é a neoplasia endócrina mais comum. No seguimento do carcinoma diferenciado de tiroide (CDT), alguns grupos têm buscado novas ferramentas moleculares, por exemplo, a utilização do mRNA-TG e TSHR como alternativa as dificuldades de dosagem sérica de tiroglobulina (sTg) na presença de anticorpo anti-Tg circulante em até 25% dos pacientes. No caso do carcinoma medular de tiroide (CMT), estudos apontam que alterações na expressão do gene da calcitonina (CALCA) antecedem o aparecimento de tumores em ratos, sugerindo que elevações na quantificação do mRNA-CALCA no ser humano poderia ser um marcador mais precoce de doença.Neste trabalho quantificamos a expressão do mRNA-TG, TSHR e CALCA circulante e correlacionamos essa medida com a dosagem de sérica de Tg, TSH e calcitonina (sCT) numa população controle sem evidência de doença tiroidiana com intuito de estabelecer valor de referência normal basal. Estudamos 66 voluntários provenientes da Universidade Federal de São Paulo, sendo 38 mulheres e 28 homens. TSH, sTg, anti-Tg e sCT foram dosados por métodos imunofluorométricos previamente desenvolvidos em nosso laboratório. T4L e anti-TPO foram dosados por eletroquimioluminescência utilizando kits comercias. Avaliamos a extração de RNA de sangue periférico por 4 métodos. A quantificação foi realizada através da curva padrão absoluta (cDNA plasmidial) para mRNA-TG e TSHR e de forma relativa para CALCA. Entre os métodos, Trizol LS apresentou melhor rendimento de RNA total. Voluntários da população controle apresentaram média de TSH de 1,7 ± 0,9UI/mL (0,4 - 4,41), T4 livre de 1,23 ± 0,14 ng/dL (0,87 - 1,51) e de sTg de 14,62 ±11,5 ng/mL (0,5 – 61,7). Anti-Tg e anti-TPO foram todos negativos. A média do mRNA-TG foi de 0,45 ± 0,20 pg mRNA-TG/µL (0,193 a 1,023) e TSHR de 0,079 ± 0,01 µg mRNA-TSHR/µL (0,0381 a 0,123). Doze voluntários apresentaram mRNA CALCA indetectável e a média da sCt destes voluntários foi de 4,95 ± 3,79 pg/mL (1 a 12,8). Dos 7 detectáveis, os valores do mRNA-CALCA variaram de zero a 1,23 e sCT de 1 a 10,4 ± 4,91 pg/mL. Não observamos correlação direta entre a medida sérica das proteínas basais (sTg, TSH e sCT) e seus respectivos transcritos.Tendo em vista que quantificamos mRNA-TG e TSHR por RT-qPCR em sangue periférico de uma população controle, esta metodologia não deve ser utilizada como biomarcador específico no diagnóstico e seguimento de câncer de tiroide. Portanto, antevemos a necessidade de mais estudos de desenvolvimento de curvas de quantificação de mRNA circulante com objetivo de obter valores de referência para grupos de indivíduos sem e com doença tiroidiana quer seja autoimune ou neoplásica. Apesar de não ter sido mostrado correlação entre mRNA-CALCA e sCT, a quantificação de mRNA-CALCA circulante em sangue periférico pode refinar o seguimento de pacientes com CMT. |