O uso do Caenorhabditis elegans como modelo alternativo para avaliação da toxicidade de ingredientes cosméticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Braggion, Camila [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66003
Resumo: Testes em animais preditivos de toxicidade de ingredientes cosméticos estão proibidos no Brasil desde 2013. Assim, nos últimos anos, houve uma busca intensa pelo desenvolvimento de testes alternativos. Considerando as questões de segurança envolvidas e a complexidade da classificação de um agente químico como tóxico, propusemos avaliar a utilidade do nematóide C. elegans na detecção de toxicidade de ingredientes cosméticos. Para tanto, linhagens selvagem e geneticamente modificadas do verme foram expostas a cinco substâncias químicas de potencial tóxico conhecido e classificadas como irritante ou sensibilizadores extremo, forte, moderado e fraco. Foram determinadas as concentrações de cada químico responsáveis por 50% de letalidade do verme para a realização de ensaios comportamentais, bem como para as análises de expressão de alguns genes envolvidos na resposta à injúria cutânea. Os testes de comportamento fertilidade e sobrevivência do verme detectaram a toxicidade de ingredientes cosméticos sensibilizadores avaliados no estudo. A avaliação do bombeamento faríngeo detectou o potencial tóxico dos sensibilizadores. A exposição de C. elegans a todos os ingredientes cosméticos avaliados no estudo levou à ativação do peptídeo antimicrobiano NLP-29. No conjunto, a análise de expressão dos genes pesquisados detectou a toxicidade apenas dos sensibilizadores extremo e forte. Nossos resultados até aqui são promissores e sinalizam para a utilidade do modelo C. elegans na testagem de ingredientes cosméticos.