Neurodesenvolvimento típico e problemas de leitura: uma análise baseada em ressonância magnética estrutural em escolares de 7 a 14 anos
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1558062 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48742 |
Resumo: | Objetivos: O objetivo geral deste estudo de coorte transversal, realizado em crianças com desenvolvimento típico e em crianças com problemas de leitura, foi determinar alterações relevantes relacionadas à substância branca e cinzenta por meio de imagens por ressonância magnética (IRM). Para o estudo I, selecionaram-se escolares com desenvolvimento típico, o principal objetivo foi verificar o padrão morfológico de covariância para tratos e áreas corticais num período crítico do neurodesenvolvimento. Para o estudo II, selecionaram-se escolares com problemas de leitura (PL) comparados aos que possuíam boas habilidades leitoras (BL), o principal objetivo foi comparar os grupos verificando possíveis alterações relacionadas à estrutura da substância branca. Métodos: As IRM foram realizadas em equipamento de 1,5T. Estudo I (n = 249), idade entre 7-14 anos, desenvolvimento típico. Realizou-se uma análise espacializada em busca de padrões globais de espessura cortical e de FA, por meio dos softwares FreeSurfer e TBSS, para imagens T1 e DTI respectivamente. Foram ponderadas 20 regiões corticais de acordo com os 20 tratos aos quais estavam conectadas e, então, foram extraídos os valores médios de ambas as medidas por meio de ROIs automatizadas. Esses valores foram analisados numa correlação e a seguir numa matriz de covariância, considerando pares homotópicos e não homotópicos, no grupo todo e aplicando o efeito da idade, a fim de se verificar as possíveis correlações. Estudo II 40 escolares (n=17 PL; n=23 BL) com idade entre 8-12 anos, os parâmetros de DTI (FA, difusividades radial e média) foram comparados em análise espacializada por meio do TBSS, depois os valores médios dos tratos foram extraídos por meio de ROIs automatizadas, realizou-se um teste T para amostras independentes a fim de se verificar diferenças entre os grupos. Resultados: No estudo I encontrou-se uma queda estatisticamente significante na covariância no grupo de 9 a 11 anos envolvendo alguns pares de regiões corticais. Especialmente envolvendo o forceps menor e suas regiões alvo, o córtex frontopolar (PFC). No estudo II foi encontrada diminuição de FA e aumento de difusividade radial em alguns tratos de escolares PL quando comparados aos GL. Conclusões: No estudo I o padrão de covariância alterado (entre 9-11 anos) pode refletir um período sensível de remodelagem cortical, no qual ocorre especialmente o desacoplamento do PFC em relação às demais áreas, que se relaciona com processamento cognitivo altamente complexo. No estudo II a redução de FA em múltiplos tratos bilaterais nas crianças PL aponta para alterações microestruturais corroborando a hipótese de que a leitura envolve inúmeras regiões cerebrais, e que para ser corretamente desempenhada provavelmente dependa da maturação e lateralização adequadas de inúmeros tratos que conectam diferentes áreas corticais. |