Efeito do ramipril sobre a função endotelial e células progenitoras endoteliais em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1182222 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48673 |
Resumo: | Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são causa de morbimortalidade no LES. A disfunção endotelial e o número reduzido de células progenitoras endoteliais (EPCs) são alguns dos fatores que contribuem para o aumento dos eventos coronarianos nos pacientes com LES. Em pacientes com doença coronariana, o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), como o ramipril, mostrou redução da morbimortalidade cardiovascular. Não há estudo que tenha avaliado o efeito do ramipril sobre a função endotelial e EPCs em pacientes com LES. Objetivos: Avaliar o efeito do ramipril sobre a função endotelial e o número de EPCs. Métodos: 41 pacientes com LES (>18anos) e sem fatores de risco cardiovascular, foram divididas randomicamente em 2 grupos: grupo intervenção (GI) que recebeu 10mg/dia de ramipril por 12 semanas e grupo controle (GC), sem intervenção. A função endotelial foi avaliada através de ultrassonografia da artéria braquial, com medidas da vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF) e vasodilatação induzida pela nitroglicerida (VMN) nos tempos zero e após 12 semanas. As EPCs foram quantificadas por citometria de fluxo e cultura celular. Análise estatística: Foi utilizado o programa SPSS for Windows versão 17 (SPSS Inc). Os dados foram apresentados como média e desviopadrão. A análise foi intent to treat . Foi utilizado o teste t de Student para variáveis com distribuição normal e o teste exato de Fisher para variáveis categóricas. O ANOVA de medidas repetidas foi usado para a comparação intragrupo e intergrupos. Valor de p<0,05 foi considerado significante. Resultados: 37 pacientes com LES foram randomizados, 18 no GI e 19 no GC. Todos os pacientes foram do sexo feminino. Não houve diferença nas características basais entre os dois grupos em relação a idade, duração de doença, pressão arterial, níveis de LDL colesterol, IMC, VMF , uso de imunossupressores e SLEDAI. Houve aumento significativo da VMF no GI (6.17±4.18% vs 11.14±5.4%, p<0.001), sem diferença no GC ( 5.37±3.91% vs 5, 02±3.62%, p=0.630), após 12 semanas. Foi observado aumento do número de unidades formadoras de colônia de EPCs no GI (21.3±10.4 vs 31.6±8.5, p<0.001), sem diferença no GC (24.8±13.5 vs 25.8±11.6, p=0.714). Não houve diferença em relação ao número de EPCs quando avaliadas por citometria de fluxo no GI (0.013±0.025 vs 0.02±0.03 p=0.734) e no GC (0.0175±0.024 vs 0.012±0.016, p=0.734).Conclusão: O ramipril melhorou a função endotelial e aumentou o número de EPCs avaliadas por cultura celular de pacientes com LES e sem fatores de risco cardiovascular. |