Efeitos de um tratamento preventivo com canabidiol sobre a micróglia em um modelo animal de esquizofrenia: a linhagem SHR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moreira, Lucas Roberto [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66016
Resumo: A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave, reduzindo a qualidade e expectativa de vida do paciente. Manifesta-se geralmente no final da adolescência/início da vida adulta com sintomas dos tipos positivos, negativos e déficits cognitivos, tendo curso neuroprogressivo e com altas taxas de suicídio. Dentre os fatores fisiopatológicos associados ao desenvolvimento da esquizofrenia, destaca-se a neuroinflamação e a participação da micróglia. Nosso grupo demonstrou o potencial preventivo do canabidiol (CBD quando administrado na peri-adolescência (dos 30 aos 60 dias de vida) em atenuar o desenvolvimento de alterações comportamentais na idade adulta em um modelo animal de esquizofrenia – a linhagem SHR (Spontaneously Hypertensive Rats). Esse modelo apresenta um curso de desenvolvimento dessas alterações comportamentais que mimetizam a fase prodrômica na esquizofrenia: a hiperlocomoção, que modela os sintomas positivos do transtorno, é vista em animais adultos (90 dias) mas não em animais jovens (30 dias). Com base nesses dados prévios do nosso grupo, os objetivos desse estudo foram: 1) quantificar a micróglia (por meio de marcação com Iba-1) em regiões do hipocampo e do estriado de ratos SHR e Wistar (controle) tratados ou não com canabidiol dos 30 aos 60 dias de vida; 2) avaliar se aos 60 dias - momento em que termina o tratamento preventivo com CBD e a quantificação microglial foi avaliada – já haveria um aumento de locomoção (mimetizando os sintomas positivos da esquizofrenia) na linhagem SHR. Nossos resultados, ainda preliminares, indicam que não houve qualquer alteração na marcação da micróglia no hipocampo (regiões CA1 e GD) ou estriado em animais SHR ou promovidas pelo tratamento com canabidiol. Na região CA3 do hipocampo, uma diminuição da marcação foi vista em animais SHR. Paralelamente, a análise da atividade locomotora evidenciou que aos 60 dias a hiperlocomoção ainda não é vista na linhagem SHR. Esse conjunto de resultados, em decorrência de este projeto ter sido desenvolvido durante a pandemia, apresenta importantes limitações: 1) o seu N amostral ainda é baixo; 2) não foram realizadas avaliações morfológicas ou marcações específicas que pudessem diferenciar micróglias ativadas ou não; 3) outras regiões, também associadas com a fisiopatologia da esquizofrenia (como o córtex pré-frontal) não puderam ser avaliadas.