Análise imunoistoquímica do processo oponente da regulação afetiva em resposta ao uso crônico de álcool

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Conte, Rafael [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6732471
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52190
Resumo: Objetivo: Os neurotransmissores dopamina e CRF têm sido associados, respectivamente, às vias responsáveis pelo efeito reforçador positivo e negativo do álcool. Este estudo teve como objetivos: a) analisar os comportamentos motor e associado à ansiedade de ratos submetidos a um protocolo de ingestão crônica de álcool por quatro semanas; b) analisar, nos cérebros dos mesmos animais, quanto à imunorreatividade aos neurotransmissores Dopamina e CRF. Material e Métodos: Foram utilizados 24 ratos Wistar provenientes do CEDEME/UNIFESP, submetidos ao protocolo de ingestão voluntária de solução alcoolizada a 20% (paradigma das duas garrafas) de caráter intermitente (álcool oferecido durante as segundas, quartas e sextasfeiras) durante quatro semanas. O teste do Campo Aberto foi utilizado para análise motora e o teste do Labirinto em Cruz Elevado para análise dos comportamentos associados à ansiedade. Após perfusão e preparação histológica do tecido cerebral contendo áreas de interesse do sistema dopaminérgico e CRFérgico, foi realizada a análise de imunorreatividade aos neurotransmissores dos respectivos sistemas através da técnica de imunoperoxidase. Resultados: A análise do Campo Aberto permitiu classificar os animais que consumiram álcool em relação à atividade motora (alta atividade e baixa atividade). Os resultados obtidos no teste do Labirinto em Cruz Elevado mostraram que os animais de alta atividade produziram menos bolos fecais indicando efeito ansiolítico do álcool sobre esses animais. A análise imunoistoquímica demonstrou que animais que ingeriram álcool cronicamente apresentaram menor imunorreatividade à dopamina quando comparados ao controle. Conclusões: Por meio do presente estudo podese concluir que animais que consumiram solução alcoolizada de forma crônica e intermitente puderam ser classificados em animais de alta atividade e de baixa atividade motora, e os considerados de alta atividade foram aqueles que consumiram significativamente mais álcool. Na dose utilizada, não foi observado efeito ansiolítico do etanol nos testes comportamentais, assim como nenhum efeito sobre o sistema cerebral de estresse. No entanto, foi observado efeito inibitório do consumo crônico de álcool sobre o sistema cerebral de recompensa dopaminérgico, independente do perfil de alta ou de baixa atividade motora.