Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Vilaça, Tatiane Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22955
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Resumo: |
Introdução: O estrôncio e o cálcio são metais alcalinoterrosos com múltiplas semelhanças. Estudos sugeriram que ambos utilizam a mesma via de absorção intestinal, o que motivou o uso do estrôncio para avaliação indireta da absorção intestinal do cálcio. Extensa investigação já foi realizada sobre os fatores que regulam a absorção intestinal do cálcio, destacando-se o papel da vitamina D, entretanto pouco se sabe sobre a regulação da absorção do estrôncio. A influência deste sobre a homeostase do cálcio também não está esclarecida. Como o paratormônio (PTH) é o principal regulador da homeostase do cálcio, torna-se importante avaliar o seu comportamento na presença do estrôncio. Assim, os objetivos deste trabalho são avaliar a influência do status de vitamina D na absorção intestinal do ranelato de estrôncio e descrever o comportamento do PTH diante da sobrecarga oral desse mineral. Pacientes e métodos: Cinquenta pacientes do sexo feminino na pós-menopausa com osteopenia ou osteoporose com função renal normal, em acompanhamento no ambulatório de Doenças Osteometabólicas, foram recrutadas e divididas em dois grupos de acordo com seu status de vitamina D: 25 suficientes (SUF) e 25 deficientes (DEF). Foram considerados SUF níveis de 25(OH) vitamina D maiores que 30 ng/mL e DEF, níveis menores que 20 ng/mL. Após coleta de exames para avaliação inicial em jejum (incluindo dosagem sérica de Sr), cada paciente recebeu 1 gr de ranelato de estrôncio dissolvido em 200 mL de água deionizada. A seguir, foram colhidas amostras para dosagem sérica de estrôncio e PTH após 30, 60, 120 e 240 minutos. As 25 pacientes DEF em vitamina D foram tratadas e submetidas a novo teste após alcançar níveis maiores que 30 ng/mL. A absorção intestinal do estrôncio foi avaliada através da fração absorvida (FA) em cada tempo e da área total sob a curva concentração de Sr x tempo. Para cálculo da FA foi utilizada a fórmula: FA= (Sr t- Sr0) x 15% peso dividido pela Dose administrada de Sr Sendo Sr t a concentração sérica de Sr no tempo selecionado e Sr0 a concentração basal de Sr (tempo 0). Resultados: Os dois grupos, DEF e SUF, eram semelhantes, exceto pelos níveis de 25OHD (15,4 ± 5,4 x 39,36 ± 7,32ng/mL p<0,001), 1,25(OH)2D (24,97 ± 4,64 x 36,3 ± 10,2 pg/mL p< 0,001) e dose de colecalciferol em uso (808,76 ± 689,5 x 1712,4 ± 724,8 UI/d p< 0,001). O tratamento da deficiência de vitamina D resultou em aumento significativo de 1,25(OH)2D ( 24,97 ± 4,64 x 34,62 ± 9,14 pg/mL p< 0,001) e redução de PTH (73,87 ± 37,50 x 58,24 ± 20,13 pg/mL p=0,006). Não houve diferença na absorção de estrôncio entre DEF e SUF. O tratamento do grupo deficiente tampouco resultou em aumento da absorção. A sobrecarga de estrôncio associou-se com diminuição significativa dos níveis de PTH seguida de recuperação, nas pacientes DEF e SUF. Não houve diferença na magnitude da variação do PTH nos dois grupos. Conclusão: A correção da deficiência de vitamina D foi eficaz para elevar seu metabólito ativo 1,25(OH)2D e reduzir PTH. A ingestão oral de Sr associou-se a queda aguda nos níveis de PTH. O tratamento da deficiência de vitamina D é recomendado, entretanto os dados demonstram que o status da vitamina D parece não ser determinante na absorção intestinal do ranelato de estrôncio. |