Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Vinícius Ynoe de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39310
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Resumo: |
Introdução: as lesões musculotendíneas (LMTs) são frequentes na prática ortopédica e acometem indivíduos jovens e/ou ativos. Há grande intersecção entre as modalidades de tratamento (conservadoras e cirúrgicas) para este grupo de lesões. Neste cenário, as terapias ricas em plaquetas (TRP) são uma opção de tratamento emergente. Esta tese tem como objetivo avaliar a efetividade (benefícios e malefícios) das TRP em pacientes com LMTs. Métodos: através de estratégia de busca definida, realizou-se a identificação e seleção de ECRs que comparem TRP versus placebo ou não intervenção. Incluímos as bases de dados até maio de 2013. Não houve restrições quanto ao idioma de publicação. O critério de inclusão dos estudos consistia em estudos randomizados ou quasi randomizados, que compararam a TRP versus placebo ou intervenções equivalentes ao placebo. Foram desfechos primários: função e dor, através de instrumentos validados e efeitos adversos. A avaliação da qualidade dos estudos foi realizada por meio da Cochrane Risk of Bias Tool. A Análise estatística consistiu de abordagem meta-analítica. Houve verificação dos efeitos dos tratamentos, por meio da mensuração da diferença entre as médias dos grupos para variáveis contínuas ou razão entre os riscos, para variáveis categóricas. As medidas-resumo foram acompanhadas de intervalos de confiança de 95%. Os métodos de meta-análise variaram ao longo da revisão e houve julgamento individual. Avaliação da heterogeneidade se baseou na estatística I2 e análise visual. Os dados foram apresentados em gráficos floresta. Para os fins da análise inferencial, optou-se por alfa de 5%. Resultados: incluímos 17 ECRs e 2 ensaios quasi randomizados (1088 pacientes). Três estudos foram considerados como com baixo risco de viés e outros 16 como risco elevado ou incerto. Metaanálises gerais (sem estratificação de doença) da função no curto (DPM 0,26; 95% IC -0,19 a 0,71; valor de p= 0,26; I2 = 51%; 162 participantes); médio (DPM -0,09, 95% IC -0,56 a 0,39; valor de p= 0,72; I2 = 50%; 151 participantes) e longo prazos (DPM 0,25, 95% IC -0,07 a 0,57; valor de p= 0,12; I2 = 66%; 484 participantes), demonstraram não haver diferenças entre a TRP e o placebo. Para dor, houve redução no grupo TRP no curto prazo, entretanto, com benefício clínico limítrofe (DM -0.95, 95% IC -1.41 a -0.48; valor de p<0,001; I2 = 0%; 175 participantes). Os efeitos adversos foram semelhantes entre os grupos (7/241 versus 5/245; RR 1.31, 95% IC 0.48 a 3.59; valor de p=0,60; I2 = 0%; 486 participantes). Nas meta-análises agrupadas por condição clínica, não se detectou qualquer diferença relevante entre os grupos, exceto para função (longo prazo) e dor (curto prazo), no grupo com lesão do manguito rotador, ambos de relevância clínica questionável. Ademais, algumas análises sofreram por elevada heterogeneidade e não foram realizadas. Conclusões: Nas avaliações gerais, para função, a TRP não é mais efetiva que o placebo no curto e longo prazo. Há benefício limítrofe (clinicamente irrelevante) em favor da TRP, para dor, no curto prazo. A taxa de complicações foi semelhante ao placebo. Na avaliação envolvendo lesões do manguito rotador, há benefício em favor da TRP para função (longo prazo) e dor (curto prazo), entretanto, clinicamente irrelevantes. Para outras condições (epicondilite lateral e lesão do LCA), as TRPs não se demonstraram efetivas. Para outras condições, são necessários mais estudos. |