Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Serikawa, Janaina Mitie [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9555
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Resumo: |
Micobacterias de crescimento rapido (MCR) tem sido frequentemente descritas em surtos de infeccoes em seres humanos. Mycobacterium abscessus subsp. massiliense e uma MCR que foi descrita pela primeira vez em 2004, e desde entao, 10 trabalhos identificando essa especie em surtos e casos clinicos esporadicos sao os relatos presentes na literatura. Assim, a interacao M. abscessus subsp. massiliense-hospedeiro foi o objetivo principal deste trabalho. Para isso, variantes de colonia lisa e rugosa de um isolado do surto que ocorreu em Belem, entre 2004 e 2005 (B7 L e R), e de 2 isolados nao relacionados a surtos (B67 (L) e MG3-6 (R)) foram utilizadas em infeccoes intraperitoneal e endovenosa de camundongos e ex vivo em macrofagos peritoneais e celulas epitelioides-like. No que tange a resposta imunologica apos a infeccao intraperitoneal, o nivel de citocinas foi semelhante para os 4 isolados. Entretanto, apos 14 dias da infeccao os bacos dos animais infectados pelos isolados B7 R e MG3-6 apresentavam um aumento significativo de peso em relacao aos demais grupos. Apos 90 dias, esta diferenca se manteve apenas para o grupo infectado com B7 R. A histologia dos bacos destes animais mostrou que a resposta proliferativa nos foliculos linfoides foi mais pronunciada para a infeccao por B7 R, levando a necrose central dos mesmos apos 14 dias. Nestes, bacilos alcool-acido resistentes foram encontrados penetrando a zona perifolicular, e tambem em vasos de maior calibre, sugerindo disseminacao via corrente sanguinea. A infeccao endovenosa corroborou os resultados obtidos para a infeccao intraperitoneal. Apos 2 dias de infeccao, a recuperacao de unidades formadoras de colonia (UFCs) do baco foi significativamente maior para os animais infectados por B7 R. Entretanto, a infeccao foi igualmente controlada em todos os grupos, semelhantemente a infeccao intraperitoneal. A infeccao de culturas de macrofagos e CEs-like corrobou os achados in vivo, pois B7 R foi capaz de se proliferar no interior de macrofagos e, apenas para este isolado, houve o aumento na porcentagem de CEs-like infectadas. Adicionalmente, o isolado B7 R estimulou uma producao menor de TGF-ƒÒ nas culturas quando comparado ao isolado de fenotipo liso. CEs-like nao foram capazes de conter a infeccao causada pelo isolado B7 R, talvez pela interacao micobacteria-CEs-like resultar em menor producao de TGF-£].Tomados em conjunto, os resultados apresentados sugerem que micobacterias formadoras de colonias rugosas associadas a surtos sao mais patogenicas que as de fenotipo liso e que aquelas presentes no ambiente. Os mecanismos subjacentes responsaveis por estes achados estao sendo estudados. |