Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Campos, Priscilla Marques [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67591
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Resumo: |
O conto A Historiadora Obstinada, de Chimamanda Ngozi Adiche (2017), retratou a trajetória de uma família igbo que sofreu com as influências do colonialismo britânico na Nigéria, no início do século XX, assim como as transformações que ocorreram no cotidiano da região. A personagem Afamefuma, desacreditada com a visão eurocêntrica aprendida na escola, a qual desqualificava os saberes de sua avó, segue um caminho profissional como historiadora para transcender o legado das historiografias eurocêntricas da biblioteca colonial. Nesse sentido, com a inspiração desse conto, mas usando outras esferas, elaboramos um estudo crítico sobre o jornal The Times of Nigeria, analisando as dinâmicas presentes na cultura material impressa durante os anos de 1914-1918, por meio dos seus anúncios e matérias. O editor do jornal, James Bright Davies (Serra Leoa/igbo), nos auxiliou em cotejar a imprensa, ocupando junto com seu periódico, um espaço de “meio-termo”. Esse conceito foi emprestado do nigeriano-igbo Chinua Achebe (1930-2013), ao interpretar a agência da elite intelectual africana no espaço urbano, numa perspectiva crítica ao projeto imperialista. Para realizar essa obra, abrimos os bastidores do funcionamento da Oficina da Historiadora Obstinada, revelando as questões que sustentaram o trabalho de historiografar a fonte jornalística, assim como as relações entre a pesquisa e as filiações da pesquisadora. Nessa dissertação, mobilizamos materiais inéditos para os Estudos Africanos no Brasil, mergulhando nas contribuições da historiografia nigeriana e internacional, trazendo traduções comentadas das elaborações de Toyin Falola, Saheed Aderinto, Ifedayo Daramola, Jonh Enemugwen e do pioneiro dos estudos sobre a imprensa nigeriana - Frederick Isaac Akporuaro Omu. As temáticas especialmente trabalhadas nessa investigação, estiveram conectadas com as repercussões da construção do Protetorado da Nigéria, unificado em 1914, desenhando as fronteiras do seu estado moderno. Dessa maneira, os debates centrais, foram sobre a trajetória do jornalista James Bright Davies, a Primeira Guerra Mundial, a negrophobia em Lagos e a construção do nacionalismo por meio da imprensa. |