O mapeamento da expressão de eIF2alfa e genes de expressão imediata no cérebro de ratos e saguis quando submetidos a uma hiperestimulação cerebral com pentilenotetrazol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barros, Vanessa Novaes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5454649
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49977
Resumo: Introdução: Já estão bem estabelecidas as mais evidentes diferenças anatômicas entre cérebros de primatas não-humanos e humanos, e destes com os roedores. Porém, há relativamente poucos estudos que identificam diferenças funcionais ao nível celular desses cérebros que possam explicar o que, no nível celular, determina o desempenho (superior ou inferior) do sistema nervoso de primatas e roedores. Um bom meio para se investigar essas questões é estudar o padrão de expressão gênica de ratos e macacos submetidos ao mesmo estímulo. Objetivos: Neste trabalho investigamos o padrão de expressão de genes de expressão imediata (IEG’s) e eIF2alfaP no cérebro de ratos e macacos após estimulação com pentilenotetrazol. Materiais e métodos: Foram utilizados 55 ratos (Wistar) e 50 saguis (Callithrix jacchus) sacrificados em diferentes tempos após crise convulsiva. Os grupos foram: grupo controle (animais sem crise epiléptica); grupo PTZ 0,5h; 1, 2, 3, 6, 9 e 12h. Foi feita análise do gene e proteína de c-Jun, Zif268 e eIF2alfaP por meio do PCR em tempo real e imunohistoquímica no giro cingulado, córtex motor, córtex piriforme, córtex temporal inferior e córtex visual. Resultados: A expressão de c-Fos e c-Jun entre ratos e macacos aconteceu de maneira inversa: a densidade de células positivas foi mais intensa em ratos que em macacos em c-Fos, e mais intensa em macacos que ratos em c-Jun; Em c-Fos, a curva de expressão foi mais duradoura em macacos que ratos em todas as áreas analisadas, já em c-Jun, o giro cingulado, o córtex motor e o córtex temporal inferior apresentaram uma curva de expressão mais duradoura em ratos que macacos.Além disso, a expressão de c-Fos e c-Jun se deu de maneira complementar nos ratos e de maneira semelhante em macacos. A expressão proteica de eIF2-alfa fosforilado foi, em geral, constante e basal em ratos que em macacos. Em ratos o RNAm de zif268 atinge o pico de expressão em 0,5h e 1h após a crise e RNAm de eif2alfa atinge menores expressões em 0,5, 3 e 6h enquanto que em macacos a expressão foi semelhante entre todos os grupos PTZ e controle tanto em zif268 quanto eIF2alfa. Conclusão: A diferença do padrão de expressão da proteína e do RNAm nos roedores e primatas demonstra um aspecto funcional da bioquímica cerebral diferenciada entre as espécies que pode nos ajudar a entender a maior complexidade cognitiva dos primatas em relação aos roedores em vista da ampla relação de c-Fos, c-Jun e Zif268 com tarefas cognitivas e de aprendizagem.