Análise da relação entre a taxa metabólica basal, a composição corporal e o sono em idosos antes e após o treinamento resistido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Boscolo, Rita Aurélia [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8908
Resumo: Durante o processo de envelhecimento ocorrem alterações neuroquímicas, morfológicas e funcionais, como a redução de algumas das características do sono, da quantidade da massa livre de gordura e da taxa metabólica basal. Estes fatores podem estar relacionados uma vez que a diminuição da taxa metabólica basal ocorre em conseqüência da diminuição da massa livre de gordura. O treinamento físico provavelmente pode minimizar tais efeitos e/ou trazer resultados positivos ao padrão do sono, assim como aos parâmetros da composição corporal e ao metabólico. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento resistido na taxa metabólica basal (TMB), na composição corporal e nos parâmetros do sono, verificando as suas possíveis relações em homens idosos. A amostra foi composta por 37 homens idosos com uma idade entre os 65 e os 75 anos, distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o controle (GC) e o resistido (GR). O protocolo incluiu 72 sessões de treinamento resistido progressivo realizado três vezes semanais; e avaliações do metabolismo basal, da composição corporal, do sono (objetiva e subjetiva) e do consumo alimentar. Os resultados demonstraram que a força muscular aumentou em todos os grupos musculares no GR. Nas variáveis morfológicas, somente o GC aumentou a massa gorda e diminuiu a livre de gordura na avaliação final, enquanto que o GR manteve todas as variáveis da composição corporal. A TMB e o consumo energético diário não sofreram alterações em ambos os grupos ao longo das avaliações. Nas variáveis do sono, o GC aumentou o tempo total de sono, os microdespertares e o valor da escala de Pittsburgh, enquanto que o GR reduziu significativamente o percentual do estágio 1 do sono NREM. Houve associação de causa e efeito da massa livre de gordura (kg) e do estágio 1 sobre a TMB com o modelo final de regressão (TMB= 539,81 + 21,99 massa livre de gordura – 26,01 estágio 1), o que explica os 34% da variação da TMB. Em conclusão, os resultados sugeriram que o treinamento resistido, apesar de não alterar as relações entre a TMB, o sono e a composição corporal, foi efetivo para aumentar a força muscular, manter a massa livre de gordura e a TMB, e ainda melhorar a qualidade do sono em idosos saudáveis, refletindo numa qualidade de vida mais ativa para uma longevidade saudável.