O trabalho da coordenação pedagógica no processo de inserção de professores iniciantes na docência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Amorim-Duque, Aline Diniz de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237199
Resumo: A profissão docente é permeada por diversos fatores complexos e dignos de análise, um deles refere-se à inserção do professor iniciante na escola. Ao adentrar o ambiente escolar, este importante sujeito do processo de ensino-aprendizagem se depara com situações diversas que podem ser decisivas para sua permanência ou não na profissão. Neste período delicado de iniciação na docência, a equipe gestora, especialmente o coordenador pedagógico (CP), exerce um papel fundamental junto ao iniciante. Dada a importância da relação e acompanhamento da gestão nos processos de inserção do professor na escola, estabeleceu-se os focos específicos do presente estudo. O objetivo geral desta pesquisa é investigar o trabalho do coordenador pedagógico no processo de inserção e acompanhamento de professores iniciantes na docência na Educação Infantil e nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental em escolas de uma rede municipal de ensino. Em consonância com o objetivo geral, a pesquisa também buscou responder aos seguintes questionamentos: de quais maneiras o CP pode favorecer a inserção profissional do iniciante e sua apropriação da cultura escolar? Quais as particularidades do trabalho do CP junto aos professores iniciantes no que diz respeito à formação continuada? Partiu-se da hipótese de que as muitas atribuições do CP, adicionado à falta de cuidado específico ao período de iniciação na docência e à ausência de políticas públicas de acompanhamento, dificultam o trabalho pari passu com os iniciantes e a realização de ações de suporte profissional. Dentre o referencial adotado na pesquisa destacam-se os estudos e proposições de Marcelo García, Huberman, Fernandes, Placco, Almeida e Souza e Domingues. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com levantamento de dados empíricos, cujo percurso metodológico delineou-se pela realização de entrevistas semiestruturadas com quatro CPs e quatro professoras iniciantes atuantes em uma rede municipal do interior do estado de São Paulo. Como principais resultados constatou-se que embora a iniciação na docência seja reconhecida pelas CPs como importante fase da vida do professor, não há diferenciação no seu tratamento e acompanhamento nas atividades cotidianas das escolas. Além disso, foi observada a ausência de práticas de acolhimento sistematizadas para receber o novo professor, bem como a fragilidade dos processos formativos específicos àqueles que estão em inserção na docência. A condição peculiar de inserção do professor especialista também emergiu, assim como a influência do trabalho remoto ocasionado pelo distanciamento social devido à pandemia de COVID-19 sobre o processo de iniciação e aprendizagem da docência.