Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ávila, Fábio Rodrigues de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/65246
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Resumo: |
O objetivo dessa pesquisa é investigar os pressupostos teóricos materialistas presentes no desenvolvimento da filosofia moral e política do filósofo enciclopedista barão de Holbach. Na sua visão, o ser humano é constituído unicamente de matéria, cujos elementos constituintes são heterogêneos, o que permite pensar em uma natureza humana diversificada, apesar de possuir algumas qualidades comuns, como a sensibilidade, a razão, as paixões e o interesse pela própria felicidade. Holbach elabora, então, uma moral natural que possibilita ao ser humano tornar-se virtuoso e contribuir com a felicidade de seus semelhantes a partir da busca da própria felicidade, prescindindo de quaisquer princípios morais espiritualistas ou de conceitos metafísicos abstratos. Ao mesmo tempo, a sociedade é configurada como um corpo natural, constituído de elementos diversos que representam a diversidade da natureza humana, apesar de que algumas estruturas sociais, como a garantia de direitos naturais, a promoção da virtude pela autoridade soberana, a educação pública e a justiça social, sejam necessárias para sua manutenção. Essa moral natural proposta por Holbach tem a pretensão de ser universal, mas não busca estabelecer princípios absolutos, os quais deveriam moldar o cidadão e a sociedade de maneira uniforme. Pelo contrário, ela permite considerar que cada sociedade, assim como cada indivíduo, possui sua natureza singular e é capaz de encontrar princípios morais e políticos mais adequados à sua própria constituição, conforme seu solo, clima, recursos naturais e população e, não obstante a diversidade de seus elementos constituintes, tornar-se um corpo político ordenado e estável. Essa sociedade só é constante se possibilita aos seus membros usufruírem das suas qualidades intrínsecas, seguindo o impulso da busca da própria felicidade, mas sem deixar de contribuir com a felicidade comum. O desafio de estabelecer essa moral universal é, portanto, encontrar aquilo que é comum na natureza humana e sirva como fundamento para princípios morais e políticos. |