A construção imagética de Jean Valjean: uma análise da transmidiação do romance Les Misérables para a adaptação em mangá.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Danielle Alves da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63974
Resumo: A presente dissertação teve como objetivo analisar a transmidiação do romance Les Misérables (1967, 2014), de Victor Hugo, para a adaptação em mangá Les Misérables (2015), de Takahiro Arai, verificando como ocorre o processo de personificação, despersonificação e (re)personificação do personagem Jean Valjean. Foi observado o percurso narrativo inicial de Valjean em excertos selecionados nas duas mídias até o seu processo de repersonificação, visando analisar, de forma comparativa, como a construção e desconstrução imagética ocorre em cada uma das linguagens. Entende-se como construção imagética a correlação e copresença de elementos multimodais e da cadeia referencial que, ao interagirem, concebem a visualização de uma imagem do personagem e a criação de sentido durante a narrativa. No romance, Valjean é apresentado já com sua construção imagética desconstruída, na qual há evidência da sua despersonificação pela cadeia referencial e orientação argumentativa. No mangá, a apresentação do personagem é feita antes do processo de desconstrução imagética e de despersonificação, indicando gradualmente, pela linguagem do mangá e expressividade visual, a passagem para o processo de despersonificação. Para esta análise, foram acionadas as concepções teóricas de Midialidade e Intermidialidade de Elleström (2017); para a Referenciação, (re)categorização e orientação argumentativa, recorre-se às abordagens de Ciulla (2014), Elias e Cavalcante (2018), Cavalcante e Matos (2016). Por fim, para a linguagem dos quadrinhos e do mangá, os conceitos de Chinen (2013), Sigal (2007) e expressividade visual de Leuchenaut (2013).