Marcadores renais na doença renal diabética em pacientes adultos e idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fabre, Larissa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70638
Resumo: Introdução: Diminuição da taxa de filtração glomerular e albuminúria são marcadores do diagnóstico e progressão da doença renal diabética (DRD). Objetivo: Essa pesquisa objetivou avaliar a evolução desses marcadores em faixas etárias diferentes e identificar os preditores positivos de declínio da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), variação da albuminúria, mortalidade e progressão para terapia renal substitutiva (TRS). Pacientes e Métodos: Realizamos um estudo de coorte retrospectiva que avaliou pacientes diabéticos tipo 2 (DM2) de duas diferentes faixas etárias: < 75 anos e ≥ 75 anos de idade. Ao longo de um seguimento ambulatorial de três anos, avaliamos a TFGe e a albuminúria de 24h. Análises uni e multivariadas foram realizadas a fim de identificar os fatores associados a piora funcional renal e mortalidade. Curvas de sobrevida renal e global foram construídas utilizando o método de Kaplan-Meier. Valores de P <0,05 foram considerados significantes. Resultados: Analisamos 304 pacientes, com uma média de idade de 64,1 ± 9,2 anos, sendo que 55,3% eram do sexo masculino, 45,4% estavam em uso inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e 43,9% em uso de bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA). Observamos uma queda similar da TFGe, em ml/min/1,73 m², do 1º para o 2º ano (-4,6 [-11,5; 1,1] no grupo dos pacientes com < 75 anos vs. -3,7 [-8,6; 1,9] no grupo com idade ≥ 75 anos, p = 0,329) e do 2º para o 3º ano (-3,1 [-7,7; 2,0] no grupo com < 75 anos de idade vs. -0,8 [-5,0; 1,5] no grupo dos pacientes com idade ≥ 75 anos, p = 0,353). Quanto ao aumento da albuminúria, do 1º para o 2º ano, ocorreu com mais frequência no grupo dos indivíduos ≥ 75 anos (30,4% no grupo com < 75 anos vs. 50% no grupo dos ≥ 75 anos, p = 0,008). Na análise multivariada, a regressão logística revelou a medida da pressão arterial sistólica (PAS) no 1º ano como um preditor positivo de queda da TFGe (razão de probabilidades ou odds ratio [OR]=1,03, p = 0,005). Idade mostrou-se um preditor de aumento da albuminúria (OR=1,03, p = 0,024) e mortalidade (OR=1,09, p=0,002). Hospitalizações por causas cardiovasculares também foram preditoras de mortalidade (OR=15,34, p<0,001). Com relação à evolução para TRS, os preditores positivos foram hospitalizações por sepse (OR=3,28, p=0,038) e por causas cardiovasculares (OR=4,66, p=0,002) e a medida da PAS no 1º ano (OR=1,04, p=0,001). Conclusões: Observamos queda similar da TFGe entre as duas faixas etárias. A piora da albuminúria foi mais frequente nos pacientes com idade ≥ 75 anos do 1º ao 2º ano. Idade, hospitalizações e altos níveis pressóricos foram associados à piora funcional renal e/ou maior mortalidade no contexto da DRD.