Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Tais Novaki [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62114
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Resumo: |
A reativação astrocitária é uma das principais respostas celulares após lesão do sistema nervoso central. Astrócitos reativos auxiliam o fechamento e reparo do tecido danificado ao adquirirem um programa celular regenerativo, porém limitado, in vivo. Entretanto, in vitro, astrócitos reativos podem readquirir características de células tronco-neurais, como a multipotência e autorrenovação. Os fatores moleculares que acionam o potencial neurogênico latente de astrócitos reativos não são totalmente conhecidos. Neste sentido, uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na reativação astrocitária e sua modulação poderia esclarecer o potencial astrocitário em fornecer células tronco-neurais no sítio da lesão, ultrapassando os desafios enfrentados pela migração de células tronco-neurais provenientes dos nichos neurogênicos. Neste contexto, nós estudamos o papel da via de sinalização do Notch e Galectina-3 (Gal-3) na reativação e desdiferenciação astrocitária. Nós reportamos que astrócitos reativados pelo modelo de scratch apresentam um aumento da proteína Gal-3 no meio intracelular e ativação da via do Notch1 in vitro. Além disso, NICD1 (domínio intracelular de Notch1) e Gal-3 mudam seu padrão de distribuição de difuso para vesicular após estímulo de reativação, indicando interação NICD1/Gal-3. Nós reforçamos esta hipótese ao verificar que astrócitos reativos Lgals3-/- não ativam a via de sinalização Notch1. Astrócitos reativos Lgals3-/- não apresentam a proteína NICD1 nuclear, nem superexpressam Hes5, Jagged1 e Delta-like1. Ao contrário, astrócitos reativos C57Bl/6J apresentam um aumento da proteína NICD1 no núcleo e superexpressam o gene-alvo Hes5 e os ligantes de Notch, sugerindo que Gal-3 é necessária para a ativação apropriada da via do Notch1. Posteriormente, verificamos que, in vitro, os astrócitos adquirem fenótipo reativo após nocaute condicional de Rbpj, indicando que Notch atua na manutenção do estado celular astrocitário. Em seguida, nós avaliamos o papel de Notch na desdiferenciação astrocitária e reportamos que a inibição da enzima y-secretase promove o crescimento das neuroesferas, mas a deleção condicional específica de Notch2 gera maior número de neuroesferas menores. Em conclusão, Gal-3 interage com NICD1 na resposta de reativação astrocitária e Notch2 contribui para a autorrenovação de células tronco-neurais derivadas de astrócitos reativos (RA-NSC), mas impede a ativação do programa neurogênico por astrócitos reativos. |