Páginas Libertárias: a representação do anarquismo nos livros didáticos de história (1990-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Ana Maria Anunciato [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69113
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo mapear e analisar os discursos e representações do anarquismo produzidos pelos livros didáticos entre 1990 e 2020, compreendendo como os ideais ácratas figuram nos conteúdos escolarizados pela disciplina de história e quais discursos engendram, suas mudanças e permanências à luz da conjuntura histórica, considerando a relevância das ideias libertárias para pensar os conceitos de liberdade, antiautoritarismo, cooperativismo, apoio-mútuo e autogestão construídos historicamente. Identificando as representações e estratégias de apropriação dos discursos históricos não escolarizados sobre o anarquismo, reconhecendo as formas narrativas que os comportam e sua relação dialógica com as produções acadêmicas, considerando a circulação dos saberes no processo, evidenciada pela intertextualidade observada nas fontes utilizadas. Instrumentalizando os conceitos de circularidade da cultura proposto por Mikhail Bakhtin, do reconhecimento das estratégias de apropriação e (re)figuração da história, de Michel de Certeau e representação formulada por Roger Chartier, analisamos as narrativas produzidas nos livros didáticos de história sobre o movimento ácrata e os discursos que engendram. Utilizando-nos dos conceitos de representação e apropriação, elaboramos uma análise da presença do anarquismo, suas mudanças, permanências e descontinuidades nas narrativas históricas escolarizadas, tendo em perspectiva seu contexto de produção e consumo.