Padronização do processamento do plasma rico em plaquetas e lisado de plaquetas para uso clínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nani, Luiz Augusto Silva [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66058
Resumo: O plasma rico em plaquetas (PRP) é um derivado do sangue total com alta concentração de plaquetas e, portanto, fonte de fatores biológicos fundamentais para processos de regeneração e reparo tecidual, cicatrização, modulação da resposta inflamatória, mobilização e proliferação de células-tronco teciduais e neoangiogênese. Essas características fizeram com que seja largamente utilizado em estudos para verificação de sua segurança e eficácia para as mais diversas afecções, com destaque para as ortopédicas, ginecológicas e dermatológicas. Apesar disso, não existe padronização do preparo do PRP entre esses estudos, o que faz com que os resultados sejam variáveis e não comparáveis. Além disso, um subproduto do PRP, o lisado de plaquetas (PL) também possui grande potencial de aplicação clínica. Sendo assim, realizamos uma busca na literatura (de 2020 até 2022) e selecionamos os 50 artigos mais relevantes que fizeram uso clínico do PRP. Compilamos e comparamos os dados de metodologia de preparo e tipo de estudo. Experimentalmente, coletamos 10 amostras de sangue periférico que foram divididas e processadas de 3 maneiras diferentes: PRP leve (≤1000g), PRP alto (>1000g) e lisado plaquetário autólogo (PLA); além de 10 amostras de concentrados de plaquetas provenientes de doadores do banco de sangue que foram processadas em lisado plaquetário heterólogo (PLH). Os preparos foram padronizados e os produtos obtidos caracterizados por contagem, recuperação e atividade de plaquetas, atividade do Fator VIII e detecção de 40 fatores biológicos. Como esperado, o número de plaquetas e a recuperação aumentaram significativamente (p <0,001) no preparo de centrifugação alta (72,03 ± 4,62 %) quando comparado com a leve (44,58 ± 2,14 %). Entretanto, nenhuma diferença significativa foi observada na atividade plaquetária e do Fator VIII para os métodos testados. A força centrífuga também não interferiu na concentração de fatores solúveis nos grupos testados. O padrão de expressão do PLA foi semelhante ao PRP leve e alto dos mesmos voluntários, enquanto que o PLH apresentou concentrações diferentes. Os métodos de preparo de PRP testados não interferem na atividade fisiológica das plaquetas, mas podem interferir na disponibilidade e concentração de fatores solúveis. Isso justificaria a alteração do método de preparo dependendo da aplicação clínica pretendida.