Avaliação do perfil de expressão de microRNAs em células beta secretoras de insulina submetidas a alta glicose e palmitato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Rodrigo Henrique Ferreira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66043
Resumo: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica metabólica de etiologia múltipla que ocorre tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. No Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), a resistência insulina e/ou falha na secreção do hormônio podem levar a distúrbios no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. A hiperglicemia crônica associada a dislipidemia no DM2 é capaz de prejudicar funções importantes nas células beta secretoras de insulina. Uma condição que tem sido bem descrita no DM2 é o estresse oxidativo, que está envolvido na patogênese da doença e pode ser observado principalmente nos tecidos alvo da insulina e nas células beta pancreáticas. A sinalização da insulina nesses tecidos e o processo secretório do hormônio pelas células beta são prejudicados por essa condição. Desordens metabólicas presentes no DM2 como a hiperglicemia e a dislipidemia são as principais responsáveis por desencadear o estresse oxidativo. Diversos estudos apontam que os miRNAs apresentam diferentes influencias nas células beta pancreáticas, como na função, diferenciação, proliferação e sobrevivência celular e estão alterados no DM. De acordo com os nossos resultados, os microRNAs miR-15b, miR-132, miR-184, miR-195 e o miR-204, relacionados a proliferação e desenvolvimento das células beta, tiveram uma alteração significativa na expressão nas células beta pancreáticas submetidas a alta glicose e ácido graxo (24h) em relação ao controle. Em relação aos microRNAs envolvidos na biossíntese da insulina, o miR-204, miR-26 35% e o miR-182 tiveram uma redução significativa de expressão após tratamento com alta glicose e acído graxo. Os miR-9, miR-184, miR130a e o miR-212, miR-132, o miR-29a, o miR-152, miR-130b e o miR-96, envolvidos na regulação da secreção de insulina, tiveram suas expressões alteradas nas células tratadas com alta glicose e ácido graxo. Além disso, o tratamento com a alta glicose e ácido graxo levou a um aumento significativo de conteúdo de EROs, porém a uma redução significativa do radial anion superóxido. Desta forma, foi observado que a exposição aguda a alta glicose e ácido graxo é capaz de modular miRNAs, que regulam funções importantes na célula e podem estar envolvidos no estado redox.