O Exército Brasileiro e a baixa prevalência de infecções sexualmente transmissíveis nas mulheres da guarnição militar de Campinas entre 2017 e 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Fábia [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IST
STI
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66560
Resumo: Objetivo: Avaliar a prevalência das infecções sexualmente transmissíveis (IST): HIV, hepatite B e C, sífilis, papilomavírus humano, Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, bem como o perfil socioepidemiológico das mulheres da guarnição militar de Campinas. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico transversal prospectivo, para avaliar prevalência de HIV, hepatites B e C, sífilis, HPV, clamídia e gonococo em 647 mulheres militares, ou esposas e/ou companheiras de militares atendidas pelo Fundo de Saúde do Exército Brasileiro, com vida sexual ativa ou pregressa. Para fins de comparação, foram divididas em grupos de acordo com a presença ou não de IST e por faixa etária, menores de 25 e maiores 25. Resultados: Na avaliação geral, o maior número de mulheres corresponde a dependentes dos militares, seguido por militares em tempo integral e pensionistas. A maioria dessas mulheres não apresentou sinal ou sintoma algum, porém, quando presente, a queixa de corrimento foi a mais comum seguida por dor pélvica. A prevalência das IST, por ordem crescente foi de: 0% para HIV, 0,3% de hepatites B e C, 0,62% de sífilis, 0,62% de gonorréia, 1,08% de clamídia e 2,63% de HPV. Não houve caso algum de HIV. A frequência de infecções encontradas no grupo das 30 mulheres com 34 IST diagnosticadas foi de 5,89% para hepatite B e C, 11,77% para sífilis, 11,77% para gonorreia e 20,58% para clamídia e 50% para HPV. Conclusões: O maior número de mulheres estudadas está vinculado ao Sistema de Saúde do Exército como dependentes de militares, pertencentes ao círculo hierárquico das praças. O início precoce da atividade sexual favoreceu a aquisição de IST em cerca de duas vezes e as mulheres mais jovens tiveram cerca de sete vezes mais infecções por clamídia. Na população geral estudada, a prevalência das IST foi menor do que a esperada em relação às forças armadas de outras nações.