Estresse oxidativo, comportamento e modificações epigenética em modelo animal de hiper-homocisteinemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rezende, Marina Mastelaro de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23206
Resumo: Objetivo: Analisar como o aumento plasmático de homocisteína por diferentes fontes e durações influencia as funções cognitivas, considerando as alterações bioquímicas e epigenéticas decorrentes desse acúmulo em camundongos. Metodologia: Um total de 125 camundongos da linhagem C57Black foi separado em quatro grupos experimentais e seus tratamentos foram mantidos por três diferentes durações, totalizando 12 grupos. Os tratamentos consistiram na adição de L-metionina nas concentrações de 0,5 e 1% (grupos M05 e M1) e DL-homocisteína a 0,09% (grupo H) na água de beber dos animais. Esse procedimento foi mantido por 2, 4 e 6 meses, a fim de se analisar não apenas as respostas aos tratamentos, mas também a influência de sua duração. Em todos os períodos houve também o acompanhamento de animais que não tiveram a água de beber suplementada, como controles (grupo CT). Separados por 1 semana a cada teste, antes do término do final dos tratamentos, os animais foram submetidos aos testes comportamentais: Caixa de atividade, Reconhecimento de objetos novos, Labirinto aquático de Morris e Campo aberto, a fim de se averiguar possíveis alterações cognitivas devidas aos tratamentos. Após os tratamentos e avaliações comportamentais, os animais foram eutanasiados por decapitação e tiveram sangue, cérebro, gordura, coração, fígado e fêmur coletados para os testes relacionados ao balanço redox, epigenética e estado geral dos animais. Os dados são apresentados como média ± desvio padrão. Resultados e conclusões: Os tratamentos foram capazes de aumentar os níveis plasmáticos de homocisteína em relação aos animais CT, porém o perfil de respostas variou conforme tratamento e duração. As quantidades de cisteína plasmática também tiveram um padrão dependente de tratamento e duração. Com estes dados, pode-se concluir que as respostas metabólicas decorrentes da indução de hiper-homocisteinemia são abrangentes e específicas para cada situação. Considerando os marcadores de estresse oxidativo eritrocitários (catalase e superóxido dismutase), aparentemente os tratamentos com metionina têm consequências mais importantes após 2 meses de suplementação, enquanto com homocisteína, 6 meses. Levando em consideração as quantidades de glutationa plasmática e eritrocitária, não parece ter havido influência devida ao tratamento, o que pode ser devido ao diferenciado metabolismo de tióis em roedores. Não houve também alteração dos parâmetros biométricos nos grupos experimentais, o que pode ser devido à magnitude dos aumentos alcançados. Poucas foram as alterações observadas nos testes comportamentais, e elas foram mais devidas a alterações decorrentes do envelhecimento dos animais do que devidas aos diferentes períodos de tratamento. As alterações bioquímicas centrais foram também mais relacionadas ao envelhecimento do que ao tratamento. Pode-se concluir que a indução de hiper-homocisteinemia por diferentes formas de tratamento resulta em modificações bioquímicas e comportamentais específicas ao tipo e duração de cada tratamento.