Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Valle, Raquel da Cunha [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62282
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Resumo: |
Objetivo: Construir e interpretar um escore de capacidade funcional e um escore de qualidade de vida, utilizando modelos da Teoria da Resposta ao Item na análise conjunta de algumas escalas que já são bastante conhecidas na literatura e que geralmente estão presentes nas avaliações gerontológicas e geriátricas amplas. Métodos: Os dados utilizados neste estudo são um recorte transversal de um estudo epidemiológico observacional maior, do tipo coorte prospectiva, o projeto EPIDOSO II. A Teoria da Resposta ao Item foi utilizada em todo o processo de construção dos escores propostos neste trabalho. O primeiro passo foi a seleção dos itens com as melhores propriedades psicométricas, a partir de quatro escalas de capacidade funcional (AVD, SSM, GDS-15 e o domínio de capacidade funcional do SF36) e de três escalas de qualidade de vida (WHOQOL-bref, WHOQOL-OLD e SF36). A dimensionalidade desses dois conjuntos de itens foi investigada por meio de análise fatorial exploratória e de análise fatorial confirmatória, sendo que a unidimensionalidade essencial foi avaliada utilizando-se propriedades do Modelo Bifatorial. Ao final do processo de identificação de conjuntos de itens unidimensionais, foram ajustados modelos apropriados, visando a construção dos escores de capacidade funcional e de qualidade de vida. Foi realizada a interpretação de cada um desses escores, além da verificação de suas propriedades psicométricas. Também foram investigadas as associações entre os escores construídos e as variáveis de contexto. Resultados: Foi possível construir um escore de capacidade funcional física, com 10 itens e um escore de capacidade funcional mental, com 16 itens. Ambos se mostraram adequados para avaliar apenas as incapacidades funcionais. Foram interpretados seis níveis de funcionalidade física e cinco níveis de funcionalidade mental. Não foi observada associação entre a capacidade funcional mental e faixa etária. Por outro lado, a maioria das doenças autorrelatadas pelos participantes se mostraram associadas com a capacidade funcional, principalmente com a funcionalidade física. Também foi construído um escore de qualidade de vida, com 18 itens, que foi considerado adequado para avaliar a qualidade de vida de indivíduos com 60 anos ou mais ao longo de todo o construto. A interpretação desse escore foi feita com base em uma escala com nove níveis. Também não foi observada associação entre qualidade de vida e faixa etária e, na presença de outras variáveis, o sexo do indivíduo também não se mostrou importante na explicação das diferenças encontradas na qualidade de vida. A depressão, o reumatismo/artrose, as síndromes demenciais e o AVC foram as comorbidades autorrelatadas pelos participantes do estudo que se mostraram significativamente associadas à qualidade de vida, afetando negativamente o escore dos indivíduos que apresentaram essas condições. Conclusão: com o uso da TRI, apenas os melhores itens, de diferentes escalas, foram utilizados na construção de escores de capacidade funcional e de qualidade de vida, resultando em escalas com um número menor de itens do que os instrumentos originais, mas ainda preservando boas propriedades psicométricas. Além disso, essa metodologia também permitiu a construção de escalas interpretáveis, em que os escores dos indivíduos ganham significado dentro dos construtos que foram avaliados. |