Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Marta Camila Mendes de Oliveira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24378
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Resumo: |
Por ser uma prática criminosa, o aborto provocado acaba sendo realizado clandestinamente tornando-se um grave problema de Saúde Pública. O objetivo deste estudo foi o de estimar a prevalência de mulheres em idade fértil com histórico de aborto. O estudo é transversal, resultante de uma amostra aleatória de mulheres - 15 a 49 anos-, residentes no subdistrito da Vila Mariana, 2006. Os dados foram coletados mediante aplicação de questionários. Foi considerada como variável dependente a classificação da mulher quanto ao aborto: sem aborto, aborto espontâneo e aborto provocado; e independentes: idade, defasagem do número ideal de filhos, atividade remunerada, escolaridade, estado civil, uso de contraceptivos e opinião sobre o aborto provocado. Para as análises foram utilizados testes de qui-quadrado e modelos de regressão logística multinomial policotômica. Dentre o total de mulheres entrevistadas (n=1121), 84,4% (n=946) são de mulheres sem histórico de aborto; 11,2% (n=126) são de mulheres com histórico de aborto espontâneo e, 4,4% (n=49) são de mulheres com histórico de aborto provocado. A razão de chances de ter realizado aborto provocado sobre a sem aborto é 6,33 vezes maior (p≤0,001) entre as mulheres que aceitam esta prática; 4,58 vezes maior (p=0,002) entre as mulheres que possuem menos de 4 anos de estudo e ainda, as chances da mulher declarar um aborto provocado comparado às sem aborto é 7% maior a cada ano em que a mulher envelhece. Dentre as 1121 mulheres, 49,5% (n=555) declararam ter tido alguma gravidez. Para as que engravidaram a prevalência de mulheres com aborto espontâneo foi de 22,7% (n=126) e de aborto provocado 8,85 (n=49). A razão de chances de ter realizado aborto provocado sobre a sem aborto é 28,34 vezes maior (p≤0,001) entre as que não possuem nenhum filho nascido vivo; 6,42 vezes maior (p≤0,001) entre as que aceitam esta prática; 4,96 vezes maior (p=0,002) entre as que possuem menos de 4 anos de estudo; e as chances de declarar um aborto provocado comparado as sem aborto é 8% maior a cada ano a mais de vida. Por outra parte, este estudo revela ainda que entre o total de mulheres a razão de chances de ter tido aborto espontâneo sobre a sem aborto é 0,34 (p≤0,001) entre as mulheres que não possuem nenhum filho nascido vivo; e, as chances da mulher declarar um aborto espontâneo comparado às sem aborto é 4% maior a cada ano de idade da mulher. O comportamento reprodutivo das mulheres deste estudo é equiparável ao das residentes em países desenvolvidos. Ao ter acesso a métodos contraceptivos considerados eficazes o aborto provocado legalizado, não seria utilizado de forma irresponsável. |