Contaminação fúngica em cascas de quixaba comercializadas na cidade de Juazeiro do Norte, CE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Emanuel Mauricio Bezerra e [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9257
Resumo: O uso de plantas medicinais como forma de tratamento de doenças é prática de civilizações antigas como a chinesa e a egípcia, cujos registros datam de 3.000 a.C. e 2.000 a.C., respectivamente. Há evidências de que o homem pré-histórico já utilizava plantas medicinais para amenizar os sofrimentos e os males físicos que lhes acometiam. A quixaba [Sideroxylon obtusifolium (Humb. ex Roem. & Schlt.) T.D. Penn.] é um exemplo de planta medicinal utilizada na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, para o tratamento de inflamações em geral, na forma de decoto ou maceração. No entanto, o uso de plantas medicinais deve se dar de maneira orientada, submetido ao controle sanitário, de modo que o uso não ocasione problemas à saúde da população que as consome. O principal objetivo deste estudo foi verificar a contaminação fúngica em cascas de quixaba comercializadas nos mercados públicos da cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. Para tanto, utilizou-se de métodos e técnicas da etnografia, tais como a observação participante, entrevistas informais e semiestruturadas, para a realização do trabalho de campo, sendo selecionados para participarem do estudo, 20 (vinte) ervaneiros de 03 (três) mercados públicos da cidade. Destes, foram adquiridas amostras de cascas de quixaba, na forma de compra em duplicata, totalizando 40 (quarenta) amostras. As amostras foram submetidas à análise macroscópica, quanto à presença de elementos estranhos ou traços de outras plantas medicinais, e análise microscópica, utilizando o método de Câmara Úmida. A análise macroscópica revelou que 10% das amostras apresentaram exúvias e outros restos de insetos, além de teias de aranha. Quanto a análise microscópica, 100% das amostras apresentaram-se contaminadas por fungos, sendo os mais frequentes Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus tamarii, Fusarium solani e Penicillium sp.. Estes resultados revelam que as cascas de quixaba comercializadas nos mercados de Juazeiro do Norte estavam em condições sanitárias precárias para consumo, indicando condições insatisfatórias de armazenamento e comercialização, além de possibilitarem danos à saúde dos consumidores.