Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Maia, Elaine Meireles Castro [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69359
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Resumo: |
Objetivos: Conhecer a escolha do método contraceptivo após o parto; verificar o conhecimento sobre métodos contraceptivos; identificar o motivo para a escolha; comparar a escolha do contraceptivo entre adolescentes e adultas; conhecer a incidência de uso do método de primeira opção após orientação; avaliar a taxa de continuidade de uso dos métodos de longa ação e avaliar a satisfação de uso da anticoncepção. Método: Estudo de coorte, prospectivo com mulheres após o parto atendidas em uma maternidade pública de ensino, de nível terciário, em Fortaleza-Ceará, entre novembro de 2019 a março de 2022. As mulheres foram acompanhadas em três momentos distintos, no pós-parto imediato (entrevista presencial), dois meses após o parto (contato por telefone ou aplicativo) e seis meses após o parto (também por telefone/aplicativo). Os dados foram coletados por meio da ferramenta REDCap e analisados usando o JAMOVI versão 2.3.28. Análises de regressão logística foram empregadas para estimar o odds ratio bruto e ajustado com intervalo de confiança de 95% e valor de P < 0,05 na análise multivariada considerada estatisticamente significativa. Tabelas de frequência e resumos descritivos foram utilizados para descrever as variáveis do estudo. Resultados: Participaram da primeira entrevista 402 mulheres e 294 delas completaram a pesquisa sendo, 166 (56,5%) adolescentes e 128 (43,5%) adultas. A maioria era, casada ou em união estável (75,8%), parda (74%), cristã (73%) e com renda familiar de até um salário mínimo (56%). Todas realizaram pré-natal e 48% delas não compareceu à consulta de revisão de parto. A gravidez não foi planejada para 72,4% delas e 92,5% (197) não faziam uso de nenhum método de prevenção. Entre os métodos, os mais conhecidos eram a pílula (99,3%) e o injetável hormonal (99,3%), mas a maioria das adolescentes não sabia utilizar. Após ação edicativa foi evidenciada uma maior tendência pela escolha por métodos de longa ação (p<0,001). Na análise de motivações para escolha do método contraceptivo especialmente entre as adultas, prevaleceu a justificativa de ser acessível, fácil e prático. Após 6 meses do parto, 169(57,5%) mulheres não estavam utilizando o método que haviam escolhido na primeira entrevista e a dificuldade de acesso aparece como a principal razão para o não uso. Na análise multivariada ajustada foi possível observar que fatores como faixa etária, raça, início precoce e escolha por métodos de curta ação, estiveram significativamente associados à maior adesão ao método desejado. O início precoce da anticoncepção no pós-parto foi fator fortemente associado (OR=6,35, p<0,001). Ao final da pesquisa, a maioria das entrevistadas (79%) estava satisfeita com o método em uso, independentemente de ser ou não o de primeira escolha. A taxa de continuidade de uso do implante foi de 100%, do DIU e do injetável trimestral 60%. A adesão ao método de primeira escolha foi fator fortemente associada à maior continuidade (OR=4,16). Conclusões: Puérperas buscavam por métodos acessíveis, fáceis, práticos e seguros. O pós-parto imediato consistiu em momento oportuno para aconselhamento e oferta desses contraceptivos contribuindo para o ganho de adesão especialmente entre os métodos de longa ação. |