Investigação dos mecanismos envolvidos na fromação e estabilização de cromossomos em anel, marcadores supranumerários e deleções terminais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Guilherme, Roberta dos Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3138859
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47941
Resumo: Devido ao desenvolvimento das técnicas de citogenética molecular, entre elas as de FISH (do ingles, Fluorescent In Situ Hybridization) e array, atualmente é possível identificar e caracterizar diferentes tipos de anormalidades cromossômicas com maior resolução. As técnicas de PCR (do ingles, Polymerase Chain Reaction) e sequenciamento do DNA permitem analisar as regiões do genoma envolvidas nos rearranjos cromossômicos, nos fornecendo uma melhor compreensão da arquitetura do genoma relacionada à sua origem. Entre os rearranjos cromossômicos, as deleções terminais, os cromossomos em anel não supranumerários e os pequenos cromossomos marcadores supranumerários (sSMC) constituem tipos peculiares de cromossomos anormais, especialmente em termos de mecanismos de formação e estabilização. Neste estudo nós analisamos um total de 53 pacientes: 14 com cromossomos em anel não supranumerários, 29 com sSMC e 10 com deleção terminal 18q, com o intuito de investigar suas regiões teloméricas e seu papel na estabilização destas alterações cromossômicas. Foram realizadas as técnicas de citogenética clássica e molecular, incluindo array de alta resolução, PCR e sequenciamento para determinar a extensão dos desequilíbrios genômicos e seus pontos de quebra. Foi utilizada sonda PNA telomere para a técnica de FISH que mostrou que tanto cromossomos em anel não supranumerários quanto sSMCs podem ou não apresentar telômeros. Todos os pacientes com deleção terminal 18q analisados apresentaram sequências teloméricas repetidas adicionadas às suas extremidades terminais deletadas. O sequenciamento dos pontos de junção de seis pacientes com deleção terminal 18q mostrou a presença de sequências teloméricas (TTAGGG)n diretamente ligadas aos pontos de quebra, sugerindo que a estabilização nestes casos foi pelo mecanismo de cicatrização telomérica. Uma paciente com deleção terminal 18q apresentou um rearranjo complexo com duas regiões deletadas, uma intersticial e outra terminal, além da adição de 17 nucleotídeos, mostrando que algumas deleções terminais, quando estudadas no nível molecular, devem ser muito mais complexas do que inicialmente suposto quando estudadas por meio das técnicas de citogenética.