Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Alvaro da Costa [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71203
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Resumo: |
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa ligada ao envelhecimento mais comum na população. É caracterizada pela sua sintomatologia motora e não motora, como por exemplo, tremores, dificuldade em iniciar movimentos, alteração na locomoção, depressão, ansiedade, déficits cognitivos, entre outros. Como características fisiopatológicas da DP vemos a diminuição gradativa dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, além de diminuição nos níveis dopaminérgicos estriatais, bem como o aumento em parâmetros inflamatórios e indicadores de estresse oxidativo nessas regiões. Dessa forma, diversas novas terapias estão sendo desenvolvidas, principalmente com foco em ações antioxidantes e anti-inflamatórias. Uma dessas terapias é o uso da Cannabis, em especial o canabidiol (CBD), um de seus princípios ativos. O CBD não apresenta efeitos psicotrópicos, além de apresentar uma ação abrangente no organismo, agindo por meio de receptores ou por outros mecanismos. Tendo em vista o desenvolvimento lento, progressivo da DP, foi desenvolvido o modelo de administração repetida de uma dose baixa de reserpina (0,1mg/kg), que além de promover aumento progressivo nos déficits motores e não motores também causa aumento em parâmetros inflamatórios e oxidantes. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o possível efeito protetor do CBD em camundongos submetidos ao protocolo de administração aguda e repetida de reserpina, utilizando duas abordagens: (1) administração concomitante ao desenvolvimento do parkinsonismo e (2) administração prévia visando investigar ação preventiva. O efeito do CBD (em diferentes doses 0,5; 1,0 e 10 mg/kg) foi verificado através dos testes comportamentais de catalepsia, campo aberto e mastigação ao vácuo, e da imuno marcação neuronal de tirosina hidroxilase (TH), enzima limitante da síntese de dopamina. De maneira geral, foi visto que o CBD é capaz de atenuar os efeitos da reserpina nos animais, tanto nos comportamentos de catalepsia quanto na mastigação ao vácuo. O tratamento concomitante com CBD na dose de 0,5 mg/kg promoveu um retardo no surgimento dos comportamentos de catalepsia e atenuação na mastigação ao vácuo. Com o uso preventivo do CBD na dose de 0,5 mg/kg é observado um retardo maior no surgimento do comportamento cataléptico, com atenuação mais eficiente dos movimentos orais. Além disso, o CBD (0,5 mg/kg) apresenta uma prevenção da diminuição da marcação de TH na substância negra pars compacta, tanto no uso concomitante, quanto no uso preventivo. De acordo com os dados aqui apresentados, verificamos um efeito protetor do CBD, principalmente atenuando o surgimento de alterações motoras, como também as atenuando, sendo que esses efeitos foram mais expressivos no tratamento preventivo com CBD. O resultado da análise neuroquímica sugere uma proteção do CBD contra a reserpina, tanto de forma concomitante quanto preventiva. |