Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Wesley de Oliveira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67008
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Resumo: |
Introdução: Atualmente há mais de 200 milhões de smartphones no Brasil. O potencial das tecnologias móveis para mudanças favoráveis em comportamentos de saúde como a atividade física já foi previamente descrito na literatura. Resultados de pesquisas em países desenvolvidos indicam que os aplicativos (APP) são desenvolvidos para pessoas mais escolarizadas, mais jovens e com maior renda em relação aos não usuários. Entretanto, o perfil dos usuários em países em desenvolvimento como o Brasil é pouco conhecido. Compreender o perfil dos usuários de APP pode facilitar o desenvolvimento voltado a pessoas fisicamente inativas e com maior risco cardiovascular. Além disso, os fatores fisiológicos e funcionais associados com o uso de tais APP são desconhecidos. Objetivo: Caracterizar o perfil de usuários de APP para monitorar o nível de atividade física (NAF) e avaliar as características demográficas, socioeconômicas, clínicas, fisiológicas e funcionais associadas com o uso de APP de smartphone para monitorar a atividade física em adultos residentes da baixada santista. Métodos: Avaliamos 176 homens e 178 mulheres assintomáticos (43 ± 12 anos; 27 ± 5 kg/m2). Inicialmente inquirimos os participantes sobre o uso atual de APP de smartphone contendo funcionalidade de monitoramento do NAF, como registros de sessões de exercícios e/ou contagem de passos. Em delineamento transversal, investigamos a escolaridade, o estado socioeconômico (Critério Brasil) e os fatores de risco cardiovasculares clássicos autorrelatados. Avaliamos diversas variáveis fisiológicas e funcionais tais como: consumo máximo de O2 em esteira (VO2max), pressão arterial, composição corporal (impedância bioelétrica), força de preensão manual e força muscular isocinética do membro inferior dominante. Os participantes utilizaram um acelerômetro triaxial durante sete dias para quantificar a atividade física diária. Avaliamos também a qualidade de vida relacionada à saúde (WHOQOL-BREF), o estresse percebido (Escala PSS14) e o ambiente construído (Escala NEWS). Comparamos as variáveis contínuas utilizando teste t de Student e as categóricas pelo teste x2, entre usuários e não usuários de APP. Após análise univariada, incluímos as principais variáveis associadas com o uso de APP em modelo de regressão múltipla logística. Resultados: Cento e dois participantes (28,3%), sem relação com o sexo, relataram utilizar APP de smartphone para atividade física no momento da avaliação. Com exceção do estresse percebido e do ambiente construído que não apresentaram associação com o uso de APP, os usuários de APP eram mais jovens e apresentaram maior escolaridade, menor risco cardiovascular, melhor condição socioeconômica, melhor qualidade de vida, melhor função cardiorrespiratória, melhor composição corporal, maior aptidão física e maior quantidade de atividade física moderada a intensa na vida diária. Os resultados da regressão múltipla logística mostraram que idade, hipertensão arterial, VO2max, condição socioeconômica (Critério Brasil) e qualidade de vida (escore total do WHOQOL-BREF) foram as variáveis mais significativamente associadas com o uso dos APP. Conclusões: Nossos resultados indicam que os APP de smartphone para monitorar a atividade física são desenvolvidos para adultos mais jovens com melhor condição socioeconômica, menor risco cardiovascular, maior qualidade de vida e maior aptidão cardiorrespiratória. Maiores esforços são necessários para desenvolver APP com base científica para as pessoas que mais necessitam dessa tecnologia, possibilitando maior potencial para prevenir desfechos de saúde indesejáveis em adultos assintomáticos. |