Pedagogas e Pedagogos atuantes em instituições de privação de liberdade: formação inicial, limites, desafios e possibilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Bruno Tadeu de Oliveira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65974
Resumo: A pesquisa apresentada nesta dissertação busca compreender de que maneira a formação inicial impacta a prática profissional de pedagogos atuantes no sistema prisional e no sistema socioeducativo paulista. O direito à educação dos jovens e adultos em situação de privação de liberdade está previsto em textos legais, como a Constituição Federal de 1988, a Lei de Execução Penal 7210/84 e o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90. Nesses documentos são previstas ações educativas escolares e profissionalizantes destinadas à população carcerária adulta e aos adolescentes internados para cumprimento de medida socioeducativa. Essas atividades são apresentadas como as iniciativas eficazes para promover um movimento que possibilite ao indivíduo privado de liberdade um retorno positivo à vida social na perspectiva da ressocialização. As previsões legais mencionadas configuram um cenário favorável para a realização de ações educacionais e circunscrevem um campo específico para a atuação do pedagogo, que combina práticas educativas escolares e não escolares nos estabelecimentos para internação de adolescentes e adultos. Deste modo, a presente pesquisa foi desenvolvida por meio de estudo teórico sobre a formação inicial de pedagogos, além de entrevistas com pedagogos que atuam na Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e no sistema socioeducativo nas unidades da Fundação CASA, com o intuito de identificar as características da atuação nestas instituições e se essa temática foi tratada na formação dos profissionais. A pesquisa, de abordagem qualitativa, analisou os dados obtidos por intermédio de entrevistas e estudo teórico, com base em referenciais teóricos da Pedagogia como Ciência, dialogando, com o subcampo da Pedagogia Social, a partir de uma abordagem pedagógica crítica utilizando a metodologia de análise dos Núcleos de Significação, concluiu que o curso de Pedagogia ainda não aborda com profundidade os contextos educativos não escolares bem como a cientificidade e autonomia científica da Pedagogia.