Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Calvinho, Guilherme Berto [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66108
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Resumo: |
A comunicação entre médicos e pacientes é parte fundamental da relação médico- paciente, que busca estabelecer uma vinculação para coparticipação e corresponsabilização pelo cuidado. Apesar disso, é comum, especialmente dentro da racionalidade biomédica atual, um relacionamento profissional baseado em verticalidade de poder, que leva a uma supervalorização do discurso médico e da face “dura” da prática clínica, dominando o processo de cuidado, reduzindo-o frequentemente ao enfoque na patologia e ao binômio diagnóstico-tratamento, relegando o diálogo ao segundo plano. Este estudo, de natureza qualitativa, propõe problematizar o encontro clínico, especificamente a comunicação clínica entre médico e paciente, buscando compreender as esferas inter comunicacionais presentes no discurso biomédico, trazendo e aliando conceitos e teorias do campo da linguagem e comunicação. Para isso, foram construídas narrativas, desenvolvidas pelo médico- pesquisador que se propôs a problematizar sua própria prática e registrar num diário, ressignificando-a e reinterpretando-a ao aliar conceitos de Bakhtin, um filósofo da linguagem e do diálogo. Na perspectiva de refletir com o processo da comunicação clínica, especialmente seus enunciados, sob uma nova óptica. Finalizamos, provisoriamente, reiterando que a relação médico-paciente se dá no diálogo entre os falantes. Conversa esta que representa um encontro entre diferentes realidades e contextos, essencialmente diferentes sistemas ideológicos, o do paciente e o do médico, este último por muito tempo representado pelo saber técnico-científico da racionalidade biomédica, também assimilada pelos pacientes, e que agora precisa ser repensada por ambos os interlocutores, e é principalmente através do diálogo mais horizontalizados que os discursos de ambos podem se encontrar. |