Percepções acerca da comunicação na equipe de Enfermagem da unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica de um hospital de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PEREIRA, Fernanda Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/417
Resumo: A comunicação cada vez mais é reconhecida como potente instrumento de gestão, capaz de influenciar na dinâmica das organizações e nas relações interpessoais e, a depender do modo como ela ocorre, pode determinar o seu sucesso ou fracasso. Na enfermagem, profissão que trabalha em equipe e lida diretamente com o cliente e seus familiares, uma boa comunicação é primordial para a concretização de uma assistência com qualidade. A realização desse estudo teve como objetivo geral compreender as percepções dos profissionais de enfermagem lotados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica acerca da comunicação estabelecida na equipe de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, realizado em um hospital de ensino localizado no interior de Minas Gerais/Brasil. A população do estudo foi constituída por profissionais da equipe de enfermagem lotados na Divisão de Enfermagem do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, que trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, totalizando 31 participantes os quais atenderam aos critérios de inclusão na pesquisa. Para a coleta dos dados utilizou-se como procedimento metodológico a Técnica de Incidentes Críticos, sendo realizadas entrevistas seguindo um roteiro semi-estruturado, durante os meses de setembro e outubro de 2016. A análise dos depoimentos foi norteada pela análise de conteúdo proposta por Bardin e permitiu identificar os incidentes críticos, a partir da descrição de 71 situações, 59 comportamentos e 61 consequências, todas classificadas em positivas ou negativas, conforme a percepção das próprias entrevistadas. As situações foram agrupadas em duas categorias: Interação profissional/pessoal no trabalho e Processo organizacional; a segunda subdividida em duas subcategorias, Gerenciamento de pessoas e Padronização do processo. Pode-se observar que a maioria das situações que constituíram estas categorias foram classificadas, pelas entrevistadas, como experiências negativas. Os comportamentos identificados nos incidentes críticos deram origem a três categorias: (In)disponibilidade para comunicar, com as subcategorias Ignorar o fato/a pessoa/a situação e Manifestar pró- atividade; Causar desacordos/conflitos na equipe e Comunicar com eficiência. Na categoria Consequências gerais apreendeu-se os efeitos da comunicação do cotidiano dos profissionais e, também, as suas repercussões para a equipe e para o cliente, apresentadas nas subcategorias: Consequências para o profissional, Consequências para a equipe e Consequências para o cliente. Sabe-se que a forma de condução do processo de comunicação é determinante para o sucesso de uma organização e de suas equipes de7 trabalho. Falhas nesse processo fatalmente provocarão consequências danosas, que podem impactar negativamente em todos os envolvidos. A partir do estudo foi possível detectar que há falhas na comunicação, não somente entre os profissionais de enfermagem, como entre estes e outras classes profissionais, assim como com clientes e familiares. Confirmou-se que uma comunicação deficiente compromete as relações profissionais, prejudica a interação entre as pessoas no ambiente de trabalho e, consequentemente, a própria assistência prestada ao paciente. Dessa forma, é necessário pensar em estratégias para melhorar o processo de comunicação a fim de proporcionar um atendimento com qualidade.