Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vasco, Matheus Brandão [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69135
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A disfunção erétil é uma disfunção sexual que apresenta alta prevalência mundial. Entre os fatores de risco para a disfunção erétil está a doença renal crônica (DRC). Estima-se que entre 47-82% dos pacientes em diálise apresentam disfunção erétil. Embora, acredita-se que o transplante renal possa reestabelecer a função sexual desses pacientes, a disfunção erétil permanece prevalente no transplantado renal, acometendo até 55% deles. Assim, a literatura é conflitante em relação ao real benefício do transplante renal e a melhora da disfunção erétil. OBJETIVO: Primário: avaliar se o transplante renal melhora a função erétil de pacientes renais crônicos. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo, descritivo-analítico e longitudinal. Para tanto, foram selecionados aleatoriamente, entre junho de 2019 e julho de 2022, pacientes do sexo masculino, com idade entre 18-60 anos, previamente estabelecidos para a realização do transplante renal vivo. Foram coletados dados demográficos e comorbidades, exames laboratoriais, análise do estado androgênico, aplicação do questionário Índice Internacional de Função Erétil (IIEF) para avaliar a função erétil e a realização da ultrassonografia Doppler do pênis com indução farmacológica pré-transplante e 12 meses pós-transplante. RESULTADOS: Foram elegíveis 37 pacientes pré-transplante e 30 realizaram a avaliação pré e pós-transplante. O escore do domínio da ereção do IIEF, o resultado da ultrassonografia Doppler do pênis com indução farmacológica e a análise combinada entre o resultado da ultrassonografia Doppler do pênis com indução farmacológica e do escore do domínio da ereção do IIEF pré e pós-transplante não apresentaram diferença significativa (p-valor = 0,101; p-valor = 0,604 e p-valor = 0,374, respectivamente). Na análise pareada das questões do IIEF pré e pós-transplante, identificamos melhora do desejo sexual, maior capacidade de penetrar a parceira, maior capacidade de manter a ereção após ter penetrado a parceira e maior número de relações sexuais no pós-transplante (p = 0,025; p = 0,04; p = 0,041 e p= 0,036). CONCLUSÃO: O transplante renal não melhora a função erétil global do paciente com DRC. Contudo, foi observado que há melhora do desejo sexual, maior capacidade de penetrar a parceira, maior capacidade de manter a ereção após ter penetrado a parceira e maior número de relações sexuais no pós-transplante. |