Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Julia de Almeida Monteiro da [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66095
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Resumo: |
A absorção pelos oceanos de CO2 emitido à atmosfera pelas atividades humanas altera o sistema carbonato da água do mar, levando, entre outras consequências, ao fenômeno de acidificação oceânica. Um dos grupos que podem ser afetados pela acidificação são os copépodes, que também são organismos reconhecidamente sensíveis à contaminação por metais-traço. Considerando que a acidificação oceânica pode interagir com a toxicidade de metais, é importante conhecer os efeitos interativos entre estes estressores sobre este grupo de organismos que contribuem significativamente aos serviços ecossistêmicos marinhos/estuarinos. Porém, estudos ecotoxicológicos tradicionais com copépodes avaliam normalmente respostas como mortalidade, crescimento somático e reprodução, não considerando respostas diretas em nível populacional. O objetivo deste trabalho, portanto, é avaliar respostas populacionais em Nitokra sp., um copépode estuarino tropical, frente à contaminação da água por chumbo (Pb) em cenários de acidificação induzido por aumento da concentração de CO2 no meio marinho. Foram realizados 4 tratamentos de contaminação (controle; 0,001; 0,01; 0,1mg/L de Pb, estabelecidos em ensaio piloto) e três níveis de pH (controle, reduzido em 0,4 e reduzido em 0,8 unidades de pH). Para realização do ensaio, 10 fêmeas ovadas foram utilizadas para dar início às populações experimentais em cada tratamento. A avaliação das populações foi realizada através da contagem de náuplios, copepoditos, fêmeas ovadas e número de adultos a partir de submostras retiradas das unidades experimentais a cada 7 dias até o 21° dia de exposição. Os resultados demonstram que o aumento da acidificação tem potencial de alterar a toxicidade de chumbo na população de organismos-teste, dependendo do nível de acidificação, bem como da concentração do contaminante. Observou-se efeito interativo do pH e do Pb, onde o efeito do pH depende da concentração do metal e vice versa. A exposição ao Pb provocou aumento da população nos pHs mais ácidos. No pH mais alto observou-se menor população na concentração mais alta, por efeito protetivo. A manutenção e/ou estabilidade e resiliência de ecossistemas marinhos é dependente da conservação de populações de organismos que são base de cadeia trófica, como por exemplo de copépodes. Isso se coaduna com diferentes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, mais diretamente o de número 14, voltado à conservação e uso sustentável de oceanos, mares e serviços ecossistêmicos marinhos. |