Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moreti, Felipe Thiago Gomes [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP]
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11600/41300
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Resumo: |
Objetivos: Desenvolver e validar um instrumento brasileiro de avaliação do conhecimento em saúde e higiene vocal, com base em informações de indivíduos com e sem queixas vocais e de acordo com a opinião de especialistas em voz; determinar seu valor de corte e realizar sua análise fatorial. Métodos: Participaram desta pesquisa 1007 indivíduos adultos entre 18 e 86 anos, divididos em três estudos: Estudo 1. Levantamento inicial de aspectos positivos e negativos para a voz por 866 indivíduos (670 mulheres e 196 homens; sendo 304 disfônicos e 562 saudáveis) distribuídos pelas gerações a que pertencem; Estudo 2. Opinião de 41 especialistas na área de voz (39 mulheres e dois homens), que classificaram os fatores do estudo anterior em positivos, neutros ou negativos para a voz; Estudo 3. Aplicação da versão inicial do Questionário de Saúde e Higiene Vocal ¿ QSHV e Índice de Desvantagem Vocal 10 ¿ IDV-10 em 50 indivíduos com disfonia e 50 vocalmente saudáveis, pareados por média de idade, sexo e profissão e validação do QSHV por meio da análise das propriedades psicométricas de sensibilidade, validade e confiabilidade, para posterior verificação da eficiência, valor de corte e análise fatorial da versão validada do protocolo. Resultados: Estudo 1. Foram levantadas 5260 respostas, organizadas em 365 fatores relacionados à voz. Água e maçã foram os fatores positivos mais citados por todas as gerações e fumar e gritar os negativos, com maior ocorrência nas gerações mais novas; Estudo 2. 45 itens dos 365 tiveram concordância inter-avaliadores acima de 0,950. Após organização e reescrita dos itens, chegou-se à versão inicial do QSHV, composta por 40 itens e escore total obtido pela soma das respostas corretas de acordo com as opiniões dos especialistas; Estudo 3. Sensibilidade: nove dos 40 itens não diferenciaram indivíduos disfônicos dos vocalmente saudáveis, tendo sido retirados da versão final do instrumento, que passou a ter 31 itens; validade: indivíduos com disfonia autoavaliaram pior suas vozes, com menores escores no QSHV e maior desvantagem vocal, enquanto que os sujeitos vocalmente saudáveis autoavaliaram suas vozes de forma diversa. O QSHV não se correlacionou com a autoavaliação e desvantagem vocal; confiabilidade: alto valor de consistência interna (alfa de Cronbach = 0,881) e excelente reprodutibilidade teste-reteste (p=0,804). Indivíduos disfônicos apresentaram média de 17,84 pontos e os saudáveis 29,12 (p<0,001), evidenciando maior conhecimento em saúde e higiene vocal por sujeitos sem disfonia. O valor de corte com especificidade e sensibilidade máximas (100%) foi de 23 pontos para o escore total do QSHV. Não foi possível realizar a análise fatorial devido aos valores inaceitáveis de Kaiser-Meyer-Olkin ¿ KMO, tendo o protocolo um único escore. Conclusões: O QSHV, um protocolo com 31 itens e único escore, desenvolvido e validado nesta pesquisa em três estudos, mostrou ser um instrumento sensível e confiável para avaliação do nível de conhecimento em saúde e higiene vocal, comprovando que indivíduos com disfonia apresentam menor conhecimento em relação a estes aspectos. O valor de corte do QSHV para separar indivíduos disfônicos dos vocalmente saudáveis é de 23 pontos, sendo considerado um classificador diagnóstico preciso. |