Uma rede transnacional de catálogos de construção: do Sweet’s Catalog ao Catálogo Brasileiro da Construção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gaspar, Natalia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71361
Resumo: O Catálogo Brasileiro da Construção, publicado entre 1961 e 1975 na esteira tanto do otimismo gerado pela construção de Brasília como do crescimento do setor de construção no fim dos anos 1950, foi produzido por iniciativa do Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil com o objetivo de funcionar como ferramenta de mediação do diálogo entre arquitetos e indústrias de componentes construtivos. Foi distribuído para diversas instituições brasileiras entre escolas, escritórios de projeto, empresas públicas e privadas, onde diversos profissionais utilizaram intensamente essa ferramenta quando não havia tantos meios para consulta de produtos para a construção e comunicação direta entre projetistas e fabricantes de componentes. O Catálogo Brasileiro da Construção era parte de uma rede transnacional de catálogos publicados em diversos países como Bélgica, França, Espanha, Suécia, Alemanha, Inglaterra, Itália e Canadá, que tinha o catálogo estadunidense Sweet’s Catalog como sua matriz. O Sweet’s Catalog, inaugurado em 1906 nos EUA, foi usado para transformar os bastidores da produção de arquitetura moderna, durante os anos 1930 e 1940, pela vanguarda europeia do design e da arquitetura que emigrou para os EUA, representada pela pessoa de Knud Lönberg- Holm, o “arquiteto invisível”. O Sweet’s Catalog, que definia a identidade visual da rede e possivelmente exerceu algum nível de influência e controle no modo como a informação sobre construção era distribuída pelos catálogos filiais no pós-segunda guerra, chegou ao Brasil pelas mãos da arquiteta e designer Daisy Ruth Igel, que estudou no Institute of Design, em Chicago, e conviveu com diversos daqueles personagens da vanguarda europeia da arquitetura e do design que orbitavam a produção do Sweet’s Catalog. Ainda que a experiência do Sweet’s Catalog seja perene e conhecida, a partir de meados dos anos 1970, os catálogos da rede deixaram de ser publicados e a existência de uma rede transnacional de catálogos permaneceu curiosamente esquecida. A pesquisa foi feita a partir da análise de bibliografia, de documentos localizados em acervos nacionais e internacionais e análise material dos diversos catálogos da rede ainda existentes preservados em acervos nacionais internacionais.