Efeito de células tronco mesenquimais sobre a expressão de transportadores de água e eletrólitos no rim de ratos hipertensos com estenose da artéria renal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Varela, Vanessa Araujo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5774286
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50629
Resumo: Estudos prévios mostraram que células tronco mesenquimais (CTM) melhoram a função renal e a hipertensão renovascular (HRV) induzida por clampeamento da artéria renal, modelo 2 Rins 1 Clipe (2R-1C), através de efeitos parácrinos, imunomodulatórios e angiogênicos com redução da fibrose do rim estenótico (RE) e do contralateral (RC). Animais com HRV apresentam poliúria cuja causa não é conhecida e a qual não foi corrigida pelo tratamento com CTM. No presente estudo, avaliamos a participação de transportadores de sódio e água na diurese e natriurese apresentada por animais 2R-1C e o efeito de CTM sobre a expressão desses transportadores. Ratos Wistar machos e adultos foram dispostos nos seguintes grupos: controle (CT), CT tratados com CTM (CT+CTM), hipertensos (2R-1C) e hipertensos tratados (2R-1C+CTM). As CTM foram obtidas da medula óssea de ratos Wistar e infundidas (2x105 células, iv), na 3ª e 5ª semanas após o clampeamento da artéria renal esquerda. Pressão arterial sistólica (PAS) foi monitorada semanalmente. Seis semanas após o clampeamento, urina de 24 horas, sangue e rins foram coletados para análises bioquímicas, moleculares e histológicas. Em outra série, animais de cada grupo foram utilizados para estimar o ritmo de filtração glomerular (RFG) e o fluxo sanguíneo renal (FSR) do RE e do RC. A expressão dos transportadores: trocador Na/H (NHE3), canal de sódio (ENaC), bomba Na/K/ATPase, cotransportador Na/K/2Cl e das aquaporinas 1 e 2 (AQP1 e AQP2) foi avaliada por RT-PCR em tempo real, western blot e imunohistoquímica. A poliúria dos animais hipertensos ocorreu às custas de aumento na diurese e na natriurese do RC uma vez que esses parâmetros foram reduzidos no RE. Não foram detectadas modificações significantes na expressão de nenhum dos transportadores de sódio tanto no RE quanto no RC, sugerindo que a natriurese apresentada pelo RC foi de origem pressórica. A expressão de AQP1 foi discretamente reduzida apenas na medula do RE, porém foi significantemente suprimida tanto no córtex como na medula do RC. A expressão de AQP2 não foi modificada. Esses resultados sugerem que a poliúria apresentada pelos animais hipertensos tem pelo menos duas origens, a natriurese pressórica e a redução na capacidade de reabsorção de água por redução da AQP1 no RC. O tratamento com CTM não induziu modificações significantes no perfil de expressão dos transportadores indicando que a capacidade do RC em excretar sódio e água foi mantida durante o tratamento. Em conclusão, o tratamento com CTM foi eficaz para minimizar a HRV, e contribuiu para preservar a capacidade do RC em excretar sódio e água.