Qualidade da atenção pré-natal em unidades básicas de saúde da coordenadoria regional de saúde sudeste do município de São Paulo
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1613602 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47660 |
Resumo: | A correlação entre a qualidade da atenção pré-natal e a redução dos índices de mortalidade materna e perinatal já foi estabelecida. Pesquisa não experimental, com desenho transversal-correlacional teve como objetivo avaliar a qualidade da atenção pré-natal prestada em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste (CRS Sudeste) do Município de São Paulo. Os referenciais teóricos adotados foram: abordagem do Processo proposta por Donabedian e critérios normativos do Ministério da Saúde, estabelecidos segundo diretrizes do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN). A população do estudo abrangeu: todas as gestantes que realizaram a primeira consulta pré-natal no ano de 2009, em UBS da CRS Sudeste (16.680 gestantes) e todas as UBS dessa Coordenadoria que apresentavam pleno funcionamento operacional no ano de 2009 (87 UBS). A amostra do estudo foi constituída por 426 gestantes (169 atendidas em UBS tradicionais; 140 em UBS com ESF e 117 em UBS mistas) e por 18 UBS (08 tradicionais; 04 mistas e 06 com ESF). As variáveis selecionadas foram agrupadas e distribuídas em seis áreas temáticas (Níveis): início do pré-natal e número de consultas; exames laboratoriais; anamnese; procedimentos relacionados aos exames clínico e obstétrico; ações relacionadas à promoção da saúde materna e prevenção de agravos maternos, perinatais e neonatais e consulta puerperal. A coleta de dados foi realizada mediante análise dos registros dos prontuários. Foram estabelecidos graus de adequação conforme consonância das variáveis com os critérios normativos e calculados índices de adequação. A análise estatística abrangeu: análise descritiva, de variância e intervalo de confiança (IC). A análise descritiva permitiu concluir que na modalidade tradicional ocorreram maiores proporções de gestantes com menos de seis consultas (aproximadamente 35,0%) e com início do pré-natal após o primeiro trimestre gestacional (45,0%). Acompanhamento no final da gestação foi insatisfatório nas três modalidades (30,0% das gestantes sem o número mínimo de consultas). Exames laboratoriais da segunda rotina, com exceção da Sorologia para Hepatite B, foram negligenciados pelos profissionais de saúde, bem como a maioria das ações de promoção à saúde e prevenção de agravos. Anamnese foi mais valorizada nas modalidades ESF e mista. Inadequação de informação sobre aceitação da gravidez e uso de drogas ilícitas foi superior a 72,0%, nas três modalidades. Procedimentos referentes aos exames clínico e obstétrico, em sua maioria, foram mais realizados na modalidade ESF, sendo que os maiores percentuais de xii inadequação foram obtidos em: cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), verificação de edema, altura uterina, batimentos cardíacos fetais, apresentação fetal, com variação de 46,0% a 98,8%. Aproximadamente 55% das gestantes das UBS tradicionais não realizaram consulta puerperal. Análise de variância e IC: Médias populacionais dos índices de adequação de início do pré-natal e número de consultas; exames laboratoriais, sem análise da idade gestacional na realização da segunda rotina e com realização da mesma na idade gestacional recomendada e ações relacionadas à promoção da saúde materna e à prevenção de agravos foram estatisticamente iguais em qualidade nas três modalidades. Menores percentuais de adequação foram encontrados nos exames (variação de 57% a 61%) e nas ações (variação de 43% a 47%). A modalidade tradicional foi pior em qualidade em: anamnese; procedimentos relacionados aos exames clínico e obstétrico e consulta puerperal. A modalidade ESF foi melhor em qualidade nos procedimentos relacionados aos exames clínico e obstétrico. As modalidades ESF e mista foram igualmente melhores em qualidade em: anamnese e consulta puerperal. A avaliação geral da qualidade da atenção pré-natal prestada nas UBS da CRS Sudeste indicou que a tradicional foi inferior em qualidade e as modalidades, mista e ESF foram igualmente superiores, sendo que a média populacional do índice alcançou adequação de 54% para a tradicional e 65% para as restantes. |