Estudo dos testes de função esofágica em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Del Grande, Leonardo de Mello [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2655905
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46861
Resumo: Introdução: A associação entre doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e doenças pulmonares é bastante conhecida. O estudo da prevalência da DRGE, da motilidade esofágica através da manometria e a monitorização ambulatorial do pH podem ser bastante úteis na investigação da fisiopatologia da associação entre DRGE e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Este estudo tem como objetivo avaliar em pacientes com DPOC: (1) a prevalência de DRGE, (2) a acurácia do diagnóstico de DRGE pelos sintomas, (3) a motilidade esofágica e (4) o gradiente de pressão transdiafragmático. Métodos: Foram estudados 48 pacientes (56% do sexo feminino). Todos os pacientes foram submetidos à manometria de alta resolução (MAR) e pHmetria. Os pacientes foram divididos de acordo com a presença de DRGE (grupos A e B). Para o estudo da pressão transdiafragmático utilizou-se também manometria de 31 voluntários saudáveis para comparação de valores. Resultados: O grupo A (DRGE+) compreendeu 21 (44%) dos pacientes (43% sexo feminino com idade média de 67 anos). O grupo B (DRGE-) compreendeu 27 (56%) pacientes (sendo 67% do sexo feminino, com idade média de 65 anos). Não houve diferença entre os grupos em relação aos sintomas, gênero (p=0,1), idade (p=0,5), índice de massa corpórea (p=0,8) e gravidade da DPOC (p=0,9). Observamos diferença em relação a pressão do esfíncter superior do esôfago (p=0,018). Não foram observadas diferenças entre os parâmetros do esfíncter inferior do esôfago. Em relação ao corpo esofágico, não houve diferença significativa, exceto que o grupo A apresentou maior hipocontratilidade distal (p=0,008) e porcentagem maior de contrações inefetivas distais (p= 0,036). O grupo A apresentou pressão torácica menor e gradiente transdiafragmático maior que os grupos B e C. O grupo B, por sua vez, não apresentou diferenças em relação ao grupo C. Conclusões: Nossos resultados mostram que: (1) quase metade dos pacientes com DPOC tem DRGE, (2) A motilidade esofágica não é significantemente diferente nos pacientes com DPOC e DRGE do que nos pacientes com DPOC sem DRGE. Os pacientes com DPOC tem elevada prevalência de DRGE e a fisiopatologia está ligada ao gradiente de pressão transdiafrgmático e não a um defeito de barreira esfincteriana.