Perfil da população nipo-brasileira quanto à inatividade física no município de Bauru, São Paulo, Brasil, 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Erácliton Viana de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49124
Resumo: A inatividade física é reconhecida como um problema de saúde pública global, sendo potencializada quando associada às doenças crônicas não transmissíveis. Juntas, elas são responsáveis pelo aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Como fatores preditivos para o aumento da morbimortalidade são apontados o crescimento desordenado da população, a velocidade com que acontece a urbanização, o envelhecimento populacional, a mudança do estilo de vida saudável e a globalização. O objetivo deste trabalho foi verificar o perfil da inatividade física na população nipo-brasileira e analisar se há associação com doenças crônicas. A amostra foi de 705 participantes residentes em Bauru, SP, em 2005, com idade acima de 30 anos, sendo 56,3% de mulheres. Foi considerado como insuficientemente ativo aquele não cumpre as recomendações em praticar um mínimo de 150 minutos de atividades físicas por semana segundo a versão curta do questionário IPAQ. As prevalências de indivíduos insuficientemente ativos foram estimadas e comparadas entre as características demográficas, clínicas e antropométricas através de modelos lineares generalizados e distribuição de Poisson com função de ligação logarítmica e variância robusta para aproximar a binomial. Dois terços dos nipo-brasileiros estudados foram classificados como insuficientemente ativos. Indivíduos de primeira geração com diabetes mellitus (DM) foram mais insuficientemente ativos do que indivíduos de segunda geração com DM em 1,43 vezes, mesmo controlando por idade. Para os homens que têm doença isquêmica do coração (DIC) a proporção de insuficientemente ativos é menor em 0,70 vezes em relação às mulheres com DIC. Para os indivíduos obesos a proporção de insuficientemente ativos nos que apresentam DM é menor em 0,66 vezes do que no grupo sem DM. Conclui-se que a alta prevalência de insuficientemente ativos e as demais associações com fatores de risco demonstram um perfil de alto risco para morbimortalidade. Este fato parece estar associado à influência do estilo de vida ocidental. Sugerem-se intervenções com programas educacionais nessa população, visando estilo de vida saudável e autocuidado, utilizando a prática regular de atividade física como ferramenta de prevenção de fatores de risco cardiovasculares.