Efeitos do treinamento funcional isolado, da terapia interdisciplinar e da educação em saúde sobre adaptações cardiorrespiratórias e fisiológicas de mulheres com obesidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Cauê Vazquez La Scala [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9784879
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61049
Resumo: Introdução: A obesidade é uma doença crônica em crescimento acelerado. Além de ser responsável direta por diversas mortes ao redor do mundo, a obesidade está associada ao desenvolvimento de diversas doenças (comorbidades) que elevam as chances de morbidade e mortalidade precoce. Porém, elevados níveis de aptidão cardiorrespiratória parecem gerar efeito protetor contra morbidade e mortalidade, mesmo em pessoas com obesidade. Assim, o foco no tratamento da obesidade deve se dar não somente sobre a perda de peso, mas também sobre o aumento da aptidão cardiorrespiratória. Objetivos: Analisar e comparar os efeitos do treinamento funcional (TF) realizado de forma isolada, da terapia interdisciplinar (INT) e da educação em saúde (ES) sobre aptidão cardiorrespiratória e variáveis fisiológicas em mulheres adultas com obesidade. Métodos: Quarenta e quatro mulheres completaram 30 semanas de intervenção distribuídas de forma randomizada em 3 grupos: TF (n=14, idade=39,7±6,6 anos, IMC=34,5±2,6 kg/m²), INT (n=19, idade=39,0±5,5 anos, IMC=35,8±3,0 kg/m²) e ES (n=11, idade=41,0±6,3 anos, IMC=36,3±2,7 kg/m²). O TF foi submetido a treinamento físico combinado (exercício aeróbios + exercícios resistidos funcionais) com frequência de 3x/sem, INT recebeu a mesma intervenção de treinamento complementada por intervenções de Nutrição (1x/sem), Psicologia (1x/sem) e Fisioterapia (1x/sem) e o ES participou de encontros interdisciplinares com temas relacionados à promoção de saúde em geral (1x/mês). Avaliações de consumo máximo de oxigênio (VO2máx), variáveis antropométricas, cardiometabólicas, hormonais e nível de atividade física foram realizadas nos momentos pré e pós-intervenção. Resultados: Todas as intervenções proporcionaram resultados favoráveis à melhora do perfil de saúde das voluntárias, porém a terapia INT mostrou-se superior às demais, em virtude de ter influenciado positivamente mais variáveis. Em INT, foram observadas melhora no VO2máx (↑10,8%), massa corporal (MC; ↓4,4% ), índice de massa corporal (IMC; ↓4,4%), massa gorda (MG; ↓2,3% ), perímetro de cintura (PC; ↓5,1% ), relação cintura-estatura (RCE; ↓5,1% ), pressão arterial (PA) sistólica (↓3,8%) , glicemia (GLIC; ↓14,1% ) e leptina (LEP; ↓10,8%). Em TF, observou-se melhora do VO2máx (↑7,5%), PC (↓3,4%), RCE (↓3,4%) e GLIC (↓19,4%). Já em ES, MC (↓3,7%), IMC (↓3,7%), PC (↓3,5%), RCE (↓3,5%), PA sistólica (↓12,6%), diastólica (↓11,5%) e média (↓10,3%) , GLIC (↓16,0%) e razão leptina-adipnectina (↓18,1%) melhoraram após a intervenção. Conclusão: O presente estudo revelou superioridade da INT sobre os demais modelos de intervenção para tratamento da obesidade. A INT promoveu melhora no VO2máx e variáveis antropométricas analisadas, além de melhora em parte das variáveis cardiometabólicas e hormonais. ES pode ser uma opção quando o objetivo for a melhora das variáveis antropométricas, cardiometabólicas e hormonais, e o TF pode ser alternativa quando o foco se dá sobre o VO2máx de mulheres com obesidade.