Comparação entre modelos de periodização do treinamento físico combinado (aeróbico e resistido) em mulheres de 50 a 75 anos de idade: associação com variantes genéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Medeiros, Leonardo Henrique de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-23042018-111352/
Resumo: O envelhecimento é um processo inexorável, porém a redução gradativa da capacidade do organismo está bastante ligada com os hábitos do estilo de vida e a fatores genéticos. Polimorfismos nos genes que codificam a enzima conversora de angiotensina (ECA) e a proteína alfa-actinina 3 (ACTN3) podem resultar em mudanças na aptidão física. Já o treinamento físico tem sido utilizado como uma ferramenta não farmacológica na prevenção primária em saúde. Por fim, a periodização deste treinamento busca ser um meio sistemático de planejar e organizar o treinamento de modo a torná-lo mais eficiente. Não há na literatura estudos com a periodização ou com os genótipos da ECA e ACT3 associados ao treinamento combinado. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar diferentes modelos de periodização do treinamento no exercício físico combinado em variáveis de saúde e comparar a magnitude da resposta em indivíduos com diferentes características genéticas em relação aos genes ECA e ACTN3. Após três semanas de adaptação, 54 mulheres com idade entre 50-75 anos foram randomicamente divididas nos modelos de treinamento a) não periodizado (NP), b) periodização não linear (NL) ou c) periodização não linear flexível (NLF). Para os valores pré e pós 12 semanas de treinamento, aptidão aeróbia (consumo máximo de oxigênio [VO2 pico] e teste de caminhada de seis minutos) e força muscular (1 RM no supino e leg press) foram medidas. A genotipagem da ECA foi feita por PCR convencional e a ACTN3 por PCR em tempo real. Os resultados mostraram que a força máxima foi aumentada estatisticamente no supino (effect size [ES] de 1,18 em PNL e 1,22 em PNLF] e leg press (ES de 0,92 em PNL e 0,98 em PNLF) nos grupos PNL e PNLF. No teste de caminhada de seis minutos, a magnitude da aptidão aeróbica melhorou em todos os grupos (ES de 1,02 em NP, 1,33 em PNL e 0,54 em PNLF). Para o gene da ECA, houve uma diferença estatística entre os grupos do pré para o pós no supino (ID/DD: 18,6%; II: 8,3%). Para o gene da ACTN3, houve diferença estatística do pré para o pós dentro do grupo no supino (CC/CT: 17,4%; TT: 6,9%) e leg press (CC/CT: 12,3%; TT: 7,5%) apenas no grupo CC/CT. Em conclusão, o presente estudo mostrou que os modelos periodizados foram capazes de induzir melhorias significativas na força muscular em mulheres pós menopausa fisicamente ativas. Além disso, os genótipos ID/DD do gene da ECA e CC/CT do gene da ACTN3 melhor efeito na força muscular no treinamento combinado.